"Rapidinhas" trazem adrenalina, paixão e cumplicidade aos relacionamentos
Prática espontânea fortalece vínculos e adiciona tempero às relações, mas exige respeito e consentimento
Por Plox
17/01/2025 10h50 - Atualizado há 2 meses
As rapidinhas têm ganhado espaço na vida sexual de muitas pessoas, desafiando a ideia de que o prazer está diretamente relacionado à duração do sexo. Com mais liberdade e espontaneidade, a prática se torna um elemento estimulante nas relações. “O que eu mais gosto é a adrenalina do tempo ‘apertado’, isso me excita”, revela uma estudante de pedagogia. Para ela, a conexão imediata e a tomada de decisão em conjunto são fatores que tornam a experiência ainda mais prazerosa.
Vantagens da prática: mais que rapidez
De acordo com a sexóloga Enylda Motta, a flexibilidade da rapidinha, que pode acontecer em diferentes lugares e momentos, é um de seus maiores atrativos. Ela destaca, no entanto, a importância de priorizar privacidade, segurança e consentimento. “Lugares privados são sempre preferíveis, mas a ideia é justamente aproveitar o momento sem grandes planejamentos”, explica.
Além disso, Enylda aponta que a prática pode beneficiar tanto casais que desejam estreitar vínculos quanto aqueles que buscam experiências casuais. “Ela pode aumentar a conexão e a cumplicidade do casal, trazendo diversão, paixão, segurança, tesão e liberdade, elementos que muitas vezes fortalecem a intimidade”, detalha.
Outro ponto destacado pela especialista é a ausência de regras rígidas na rapidinha. “O essencial é que ambos os parceiros estejam confortáveis e aproveitem o momento. Diálogo e consentimento são fundamentais para garantir uma experiência prazerosa”, ressalta.

Respeito e limites saudáveis
A sexóloga enfatiza que, no contexto da rapidinha, não há certo ou errado, mas sim a necessidade de respeito mútuo e a vontade compartilhada dos parceiros. “Desde que haja consentimento, segurança e conforto, a prática está dentro dos limites saudáveis. É importante evitar locais públicos ou situações que possam causar constrangimento ou violar leis”, orienta.
Para relações mais duradouras, Enylda acredita que a rapidinha pode ser um recurso para quebrar a rotina e inserir mais entusiasmo no relacionamento. “Ela pode reforçar a autoestima e a conexão emocional, além de ser uma alternativa prática para momentos em que o tempo é curto, mas o casal deseja manter a chama acesa”.
A especialista ainda pontua que, como qualquer outra atividade sexual, a rapidinha pode contribuir para a redução do estresse, já que libera endorfinas e promove sensação de bem-estar.
Espontaneidade nem sempre é regra
Apesar das vantagens, nem sempre a espontaneidade está presente no cotidiano dos casais. O sexólogo Rodrigo Torres explica que, em relações de longa duração ou em contextos de rotina exaustiva, a prática do sexo espontâneo, como a rapidinha, pode se tornar rara. “Tudo isso influencia, de forma que esperar essa espontaneidade, nesse contexto, é uma besteira”, afirma.
Para situações como essas, Torres sugere o planejamento. “Planejar o sexo, tendo até mesmo um momento marcado para que ele aconteça, pode ser uma solução. Quanto mais você planeja, mais a comunicação flui até que poucas palavras precisem ser ditas para que as coisas aconteçam de maneira talvez espontânea”, finaliza.