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Saúde

Recorde de coqueluche em BH alerta para baixa vacinação e risco de mortes

Imunização insuficiente expõe crianças e jovens ao avanço da doença respiratória grave.

17/01/2025 às 10:38 por Redação Plox

Belo Horizonte viveu em 2024 o maior surto de coqueluche da última década, com mais de 320 casos confirmados e uma morte. Esse aumento expressivo, de 790% em relação a 2017, levou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a iniciar 2025 com uma força-tarefa para reforçar a vacinação, que atualmente alcança apenas 75% do público-alvo. A vacina contra a doença, causada pela bactéria Bordetella pertussis, está disponível gratuitamente nos postos de saúde.

 

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Número alarmante de mortes em Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais registrou 598 casos de coqueluche em 2024, com cinco mortes, todas em bebês menores de 1 ano. As vítimas foram de Belo Horizonte, Capelinha, Poços de Caldas, Ribeirão das Neves e São Joaquim de Bicas. O primeiro óbito do surto ocorreu em julho, quando um bebê de apenas um mês e 23 dias faleceu em Poços de Caldas. Antes disso, Minas Gerais havia ficado quatro anos sem registrar mortes pela enfermidade.

Impacto em jovens e baixa vacinação infantil

A maioria dos casos em BH no último ano ocorreu em jovens de 10 a 19 anos, algo considerado atípico. De acordo com Paulo Roberto Corrêa, diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da PBH, o aumento reflete uma combinação entre baixa vacinação infantil e maior circulação da doença, com surtos também registrados em cidades da Europa e da Ásia.

Embora o esquema vacinal primário, com três doses da vacina penta, deva ser iniciado nos primeiros seis meses de vida, apenas 75% das crianças de BH completaram o esquema recomendado, longe dos 95% indicados pelo Ministério da Saúde.

“A vacina contra a coqueluche perde a proteção com o tempo, e pessoas que não completam o esquema ficam suscetíveis”, explica Corrêa.

Ações para conter o avanço da coqueluche

Diante da gravidade, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para gestantes, profissionais de saúde e servidores da educação, priorizando aqueles que mantêm contato direto com crianças, o grupo mais vulnerável a complicações graves da doença.

A superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Aline Lara Cavalcanti, reforçou a importância de gestantes estarem imunizadas: “Se a mulher engravidar cinco vezes, cinco vezes precisa tomar a vacina”. Para atingir uma cobertura maior, o governo estadual intensificou o uso de vacimóveis, que levam a imunização às comunidades.

Entenda os riscos e a transmissão da doença

A coqueluche é transmitida por contato direto, principalmente por gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar. A doença passa por três fases:

  1. Fase catarral (1 a 2 semanas)
    • Coriza, febre baixa, espirros e tosse leve.
  2. Fase paroxística (2 a 6 semanas)
    • Crises de tosse intensas, com "guinchos" característicos, vômitos e fadiga extrema.
  3. Fase de convalescença (semanas a meses)
    • Tosse diminuída, mas que pode reaparecer com novas infecções respiratórias.

Tratamento e prevenção

O diagnóstico é confirmado por exames clínicos e laboratoriais, com tratamento baseado em antibióticos, repouso e isolamento até o fim do ciclo medicamentoso.

Segundo o infectologista Leandro Curi, a baixa imunização amplia os riscos, principalmente entre crianças, idosos e imunossuprimidos: “Os anticorpos diminuem, facilitando a transmissão e o agravamento da doença em quem não está vacinado”.

A vacinação, com três doses iniciais da tríplice bacteriana infantil e reforços aos 15 meses e 4 anos, é essencial para prevenir casos graves. Gestantes também devem ser vacinadas a partir da 20ª semana de gestação para proteger seus bebês.

Manter a cobertura vacinal alta, entre 90% e 95%, é crucial para reduzir surtos e evitar mortes. Autoridades destacam que, embora quem já teve coqueluche ou foi vacinado possa ser reinfectado, os sintomas geralmente são leves.

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