Greve do metrô em Belo Horizonte: estações fechadas por três dias consecutivos

A greve dos metroviários em Belo Horizonte e na região metropolitana já dura três dias, deixando os usuários sem transporte público. A categoria decidiu continuar a paralisação após uma assembleia na quinta-feira (16), mesmo depois de uma decisão judicial impondo a escala mínima de 70% da frota em circulação.

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região determinou o funcionamento diário de 70% dos trens, com multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento, que sobe para R$ 150 mil nos dias de Carnaval. No entanto, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) já solicitou ao tribunal o aumento da multa, já que o Sindimetro não está cumprindo a decisão judicial.

O presidente do Sindimetro, Daniel Glória, afirmou à imprensa que aguarda um posicionamento dos políticos e entes responsáveis pelo processo de privatização para garantir a estabilidade do emprego dos servidores.

A categoria marcou uma nova assembleia para sábado (18) para definir o rumo do movimento. A greve começou na terça-feira (14), mas apenas na quarta-feira (15) as estações foram totalmente fechadas. Os metroviários são contrários à privatização da CBTU e questionam a falta de estabilidade de empregos e garantias de expansão do serviço.

Enquanto isso, os usuários enfrentam dificuldades para se deslocar pela cidade e região metropolitana. A situação ainda não tem previsão de normalização, gerando transtornos para a população que depende do metrô.