Metade dos presos pelos ataques golpistas em Brasília recebeu auxílio emergencial, diz MPF

Dados de grupo técnico do Ministério Público mostra que maioria dos detidos são homens e tem entre 36 e 55 anos. PGR já denunciou 835 pessoas.

Por Plox

17/02/2023 20h31 - Atualizado há mais de 2 anos

Das cerca de mil pessoas detidas por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, metade recebeu auxílio emergencial, aproximadamente 60% são homens e a maioria possui idade entre 36 e 55 anos. Esses são alguns vários dados levantados pelo grupo técnico criado no Ministério Público Federal (MPF) e tornados públicos. Cerca de 200 presos possuem filiação partidária e há pessoas que se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas políticas. É o caso dos três moradores de cidades do Vale do Aço, em Minas Gerais, que estão presos suspeitos de participarem dos atos que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.

O levantamento aponta ainda que mil presos por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro continuam à disposição do judiciário em dois presídios do Distrito Federal. Os demais cumprem medidas em domicílio.

Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 835 pessoas pelos atos golpistas de 8 de janeiro, 139 delas na última terça-feira (14).

Entre os denunciados, 645 são considerados incitadores, ou seja, participaram do ato ou estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, mas não depredaram ativamente os prédios públicos da Praça dos Três Poderes. 189 são considerados executores: praticaram invasão dos prédios, vandalismo e depredação.

A equipe responsável por levantamento de informações no Ministério Público Federal é composta por 15 integrantes, entre membros e servidores do MP de diferentes localidades do país, incluindo peritos e especialistas em tecnologia da informação.

A criação dessa frente de trabalho, segundo o MPF, foi necessária dado o grande volume de relatórios de pesquisa e informação. Como resultado desse trabalho conjunto, em pouco mais de um mês, aproximadamente 700 denúncias foram apresentadas à Justiça.
 

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