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Apagão na UFRGS causa perdas milionárias em pesquisas científicas

Falta de energia elétrica afeta experimentos em diversas áreas, levando à morte de plantas e animais em projetos da universidade.

17/02/2024 às 11:29 por Redação Plox

Um apagão no campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, resultou em um prejuízo estimado em milhões de reais para a instituição. O incidente, ocorrido no início desta semana, deixou ao menos 20 unidades de pesquisa sem fornecimento de energia elétrica por quase 30 horas, impactando severamente experimentos com plantas e animais.

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Origem do Problema

A interrupção no fornecimento de energia foi causada durante uma obra de ampliação da subestação da CPFL Serviços, quando cabos do sistema elétrico foram acidentalmente rompidos. "Durante escavações para a obra de expansão da subestação Porto Alegre 6, houve a ruptura acidental de cabos, o que ocasionou a interrupção no fornecimento de energia para uma das linhas de transmissão da rede da distribuidora CEEE Equatorial", comunicou a CPFL.

Impacto nas Pesquisas

De acordo com Paulo Vitor Dutra de Souza, vice-diretor da Faculdade de Agronomia da UFRGS, a falta de energia elétrica afetou gravemente os experimentos, especialmente aqueles que não contavam com o suporte de geradores elétricos suficientes. "Fomos pegos de surpresa", lamentou, mencionando que, apesar da existência de geradores, eles não eram capazes de atender 100% da demanda.

Um levantamento preliminar indicou danos significativos em projetos nas áreas de Horticultura e Zootecnia. Dutra de Souza, por exemplo, perdeu integralmente um estudo sobre fungos benéficos associados a raízes de plantas frutíferas. "Sem irrigação, todas as plantas morreram", relatou o vice-diretor. No setor de Zootecnia, cerca de 100 aves e vários peixes, essenciais para estudos científicos, também sucumbiram devido ao calor excessivo, exacerbado pela falta de refrigeração e oxigenação adequadas.

Reações e Consequências

A situação gerou indignação e chamou a atenção de figuras políticas, como o deputado estadual Miguel Rossetto (PT-RS), que utilizou as redes sociais para denunciar o incidente e sugerir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a prestação de serviços pela companhia de energia.

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