Grávida esfaqueada pelo companheiro em Caratinga morre após cesariana de emergência

Morreu na tarde desta segunda-feira (17) a grávida, de 38 anos, que havia sido brutalmente agredida pelo companheiro em Caratinga. A morte foi confirmada pela Polícia Militar. Segundo a PM, durante a madrugada, a vítima sofreu vários golpes de faca e, na tentativa de escapar, pulou de um carro em movimento no centro da cidade. Ela foi identificada como Luciene Teixeira, de 38 anos. Ela estava grávida e passou por uma cesariana de emergência. O Tenente Lessa falou sobre o feminicídio. Assista na Live.

Estado da vítima e socorro

Ao se aproximarem, os policiais constataram que a mulher estava completamente nua, com cortes profundos pelo corpo, sangramento intenso na cabeça e dificuldades para respirar. O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e encaminhou a vítima ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

Diante da gravidade dos ferimentos, os médicos realizaram uma cesariana de emergência para tentar salvar o bebê. No entanto, a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

O bebê sobreviveu ao parto, mas está em estado grave, recebendo cuidados intensivos na unidade hospitalar

Agressão e prisão do suspeito

Segundo a vítima relatou antes de falecer, as agressões começaram dentro de casa após o companheiro, um homem de 45 anos, descobrir uma traição. Furioso, ele pegou uma faca e desferiu vários golpes contra ela antes de colocá-la no carro e sair dirigindo pelas ruas. Em um momento de desespero, a mulher conseguiu saltar do veículo para tentar sobreviver.

O agressor se apresentou espontaneamente à Delegacia de Polícia Civil de Caratinga. A Polícia Militar foi até o local e efetuou sua prisão pelo crime de tentativa de feminicídio, que pode ser alterado para feminicídio consumado devido à morte da vítima.

A perícia criminal analisou o veículo e o local do crime. Foram apreendidos dois celulares, um pertencente à vítima e outro ao autor, além da faca usada no ataque. O carro foi removido pela empresa Guincho Car.

Histórico de violência doméstica

A Polícia Militar informou que o casal já havia se envolvido em dois registros de violência doméstica somente em 2024. Na época, a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) ofereceu suporte à vítima, mas ela recusou assistência e a inclusão no protocolo de atendimento.

A PPVD é um programa da Polícia Militar voltado a vítimas interessadas em romper o ciclo de violência, realizando acompanhamento de boletins de ocorrência e auxiliando na prevenção de novos casos. Entretanto, o serviço só pode ser realizado com o consentimento da vítima.