Nova previsão para duplicação da BR-381 aponta conclusão em 2029
Investimento de R$ 9,25 bilhões visará ampliação e segurança na 'Rodovia da Morte'
Por Plox
17/03/2024 10h07 - Atualizado há cerca de 1 ano
Até o final de 2024, a BR-381, conhecida como ‘Rodovia da Morte’ e que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, enfrentará sua terceira tentativa de concessão à iniciativa privada em três anos. Após frustrações em leilões anteriores por falta de interessados, o governo federal ajustou o edital para diminuir os encargos das concessionárias, buscando atrair participantes para o processo agendado para o fim deste ano. A conclusão das primeiras obras de duplicação, contudo, está prevista apenas para 2029, conforme informa a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que revelou ao Estado de Minas os detalhes do plano que soma investimentos de R$ 9,25 bilhões em obras e manutenção.

O programa de exploração contempla a duplicação de cerca de 90 quilômetros em sete pontos distintos da rodovia, com diferentes prazos de entrega. Entre eles, destaca-se a duplicação de trechos entre Antônio Dias e Nova Era, e entre Nova Era e Bela Vista de Minas, com previsão de conclusão no quarto ano de concessão, ou seja, 2029 se o leilão ocorrer com êxito e o contrato for assinado em 2025.
Para o sétimo ano de concessão, espera-se a entrega da duplicação de cerca de 22 quilômetros entre Belo Oriente e Ipatinga, além de intervenções em seis quilômetros de pista dentro do município de Timóteo, com previsão para 2032. Além das obras de duplicação, o documento da ANTT menciona a criação de 41 pontos de faixas adicionais e outras melhorias, totalizando cerca de 80 quilômetros de extensão.
Um aspecto crucial do novo edital é a exclusão do trecho entre Belo Horizonte e Caeté da responsabilidade da futura concessionária, devido a riscos geológicos e jurídicos. Este segmento é considerado um gargalo crítico por acumular o tráfego da rodovia com o da região metropolitana da capital. A duplicação deste trecho e as indenizações necessárias serão de responsabilidade do governo federal, que prevê concluir o edital para essas obras até maio.
A mudança visa facilitar a concessão ao aliviar a concessionária de um dos pontos mais problemáticos da rodovia, enquanto garante a operação deste segmento após as intervenções públicas.