Tragédia em Terra Rica: pai é suspeito de assassinar filha de 4 anos
A tragédia ocorreu após uma visita do pai à menina, que, apesar das ameaças, foi autorizada pela Justiça no início de maio
Por Plox
17/05/2023 21h03 - Atualizado há cerca de 2 anos
O caso da pequena Maria Cecília Silva, de apenas 4 anos, chocou o país. A criança foi encontrada morta por estrangulamento e asfixia, e seu corpo foi deixado em um rio em Terra Rica, no Paraná. Nadiro Silva, o próprio pai da menina, é apontado como principal suspeito do crime.

Segundo Marli, patroa da mãe de Maria Cecília, Beatriz Félix, Nadiro já havia feito ameaças de assassinato tanto à filha quanto à ex-mulher. A tragédia ocorreu após uma visita do pai à menina, que, apesar das ameaças, foi autorizada pela Justiça no início de maio.
Momentos finais e provável motivação
Imagens registradas mostram os últimos momentos de Maria Cecília, quando a menina abraçou espontaneamente o pai. Horas depois, Nadiro se recusou a devolver a filha e, segundo a polícia, possivelmente cometeu o crime.
Marli relata que Nadiro enviou mensagens de conteúdo perturbador à mãe da criança: "Enviou dois áudios da criança chorando e depois mandou uma foto da menina enforcada, amarrando a mão e a garganta dela".
Nadiro estava proibido de ver a filha por oito meses devido a denúncias de ameaças e agressões, mas a decisão judicial foi revogada no mês de maio. Beatriz não queria que o encontro acontecesse. Marli afirma: "Ele ameaçava a menina e a mãe de morte. Falava que ia matar as duas faz um tempo".
Investigações e buscas pelo suspeito
A polícia concluiu que Maria Cecília foi assassinada antes de ser jogada no rio, uma vez que não havia água em seus pulmões. O carro de Nadiro foi encontrado às margens do rio, o que levou a polícia a suspeitar que, após cometer o crime, ele entrou na água e se afogou. As buscas pelo corpo continuam na região.
Uma das linhas de investigação é a de que o assassinato tenha sido motivado por vingança, já que Nadiro e Beatriz estavam separados há dois anos, após quatro anos de relacionamento.
Lembrança de Maria Cecília
Marli, patroa da mãe da menina, recorda-se com carinho de Maria Cecília: "Bem inteligente, sempre fazia a gente dar risada. Dançava, não parava o tempo todo. Muito esperta mesmo".
A tragédia que se abateu sobre a vida dessa criança de apenas 4 anos de idade comoveu o Brasil, e a busca por justiça e esclarecimento dos fatos continua.