Minas descarta 450 toneladas de ovos após caso de gripe aviária

Material veio do Rio Grande do Sul e foi eliminado em ação preventiva para conter avanço da doença

Por Plox

17/05/2025 18h17 - Atualizado há 1 dia

Um dia depois da confirmação do primeiro caso de gripe aviária no Brasil, registrada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o governo de Minas Gerais anunciou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e outros materiais oriundos do Rio Grande do Sul.


Imagem Foto: Pixabay


A operação emergencial, conduzida neste sábado (17), aconteceu após reunião entre o Executivo estadual e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A medida visa prevenir qualquer possibilidade de disseminação do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em território mineiro.



Esses ovos, que seriam utilizados para reprodução de aves, vieram de uma granja comercial da cidade de Montenegro (RS), onde foi constatada a presença do vírus. Conforme esclareceu o governo mineiro, os produtos não estavam destinados ao consumo humano.



“A gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos”, informou o governo em nota oficial.

Todas as medidas adotadas integram o Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), elaborado em 2022 por uma parceria entre os governos federal, estaduais e o setor produtivo, diante do surgimento dos primeiros focos da doença na América do Sul.


A possibilidade de novos descartes não foi descartada pelo governo mineiro. Caso outras remessas oriundas da mesma granja gaúcha sejam identificadas, novas medidas de eliminação poderão ser tomadas.



Além da ação imediata, o Estado mantém um acompanhamento rigoroso da situação, com ações preventivas, rastreamento e controle sanitário coordenado com o Mapa e outros órgãos. O Instituto Mineiro de Agropecuária também segue com ações contínuas de vigilância epidemiológica contra doenças como Newcastle, salmonelose e micoplasmose, realizando vistorias em granjas comerciais e propriedades de risco, bem como promovendo a educação sanitária.


Minas Gerais, que ocupa a segunda posição no ranking nacional de produção de ovos e o quinto lugar na criação de galináceos, realizou em 2024 mais de 8 mil ações voltadas à educação sanitária em estabelecimentos com aves.


Todas essas ações fazem parte do Plano Nacional de Vigilância da Influenza Aviária, estruturado em cooperação com o Ministério da Agricultura e Pecuária.


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