Médico de BH é preso acusado de filmar exames íntimos e compartilhar pornografia infantil

Na manhã da última segunda-feira (17), um médico foi preso por pornografia infantil. A prisão foi resultado da Operação "Curie", deflagrada pela Polícia Federal para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Em menos de um ano, o homem já havia sido preso duas vezes. O acusado, tem 37 anos e reside na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Ele filmava exames médicos íntimos que realizava em suas pacientes, além de guardar e compartilhar arquivos de pornografia infanto-juvenil por meio da internet. 

O mandado judicial de prisão preventiva foi expedido pela 35ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Federal, as investigações prosseguem no sentido de verificar as redes de contato do preso.

(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Encaminhado para a penitenciária Nelson Hungria, ele permanece à disposição da Justiça. Caso seja condenado, ele poderá cumprir até seis anos de reclusão e pagar multa.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM/MG) informou que tomou conhecimento, pela imprensa, da prisão do médico no início do ano. E que, à época, iniciou os procedimentos regulamentares necessários para a apuração dos fatos. O registro de CRM do médico está suspenso por decisão judicial e o processo contra ele ocorre sob sigilo.

Prisões:
Em outubro de 2018, em Operação da Polícia Cívil, foram constatadas 33 mil imagens compartilhadas em um ano. Na casa do acusado, foram encontradas várias fotos do médico fazendo sexo com adolescente. Supostamente, ele teria confessado usar uma câmera escondida durante exames de imagens nas pacientes sem que elas soubessem. A Polícia Civil ainda apurava em quais clínicas ele atendi e se houve estupro de vulnerável e importunação ao pudor. Em 20 de dezembro, ele recebeu liberdade provisória.

Neste ano, em fevereiro, ele acabou sendo novamente preso acusado de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Foram apreendidos 74 vídeos de mulheres e 31 crianças e adolescentes e um, em inglês, que “supostamente ensina como abordar crianças e adolescentes para práticas sexuais”.

De acordo com a delegada Renata Ribeiro Fagundes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, o material registrava imagens dele em atos sexuais com adolescentes. 

Atualizado 9h05.