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Saúde

"Tecnologia inovadora revitaliza corações após a morte, ampliando horizontes para transplantes"

O novo método proposto reanima o coração de forma artificial fora do corpo humano, utilizando máquinas que bombeiam sangue e nutrientes.

17/06/2023 às 11:16 por Redação Plox

Em um avanço médico que parece ter saído de uma ficção científica, pesquisadores da Duke Health estão trazendo de volta à vida corações de pessoas declaradas clinicamente mortas para transplantes. Esta técnica, ainda que pareça inovadora, já é aplicada para a doação de outros órgãos após a morte circulatória. Porém, é a primeira vez que é levada ao âmbito cardíaco, e os especialistas acreditam que essa abordagem pode aumentar a disponibilidade de doações de corações em até 30%.

Tradicionais doações de órgãos ocorrem majoritariamente após a morte cerebral, um estado no qual a atividade cerebral para completamente, mas alguns órgãos continuam funcionando por algum tempo com a ajuda de aparelhos. Contudo, em casos de doação após morte circulatória, a situação muda. Este procedimento acontece quando um paciente que perdeu grande parte das funções cerebrais tem seus equipamentos de suporte à vida desligados, interrompendo assim a circulação sanguínea e as funções cardíacas.

Imagem: Shawn Rocco/Duke Health

Neste contexto, o coração geralmente é deixado para trás devido ao receio de danos cardíacos. No entanto, pesquisadores da Duke Health estão desafiando esse paradigma. Segundo o cirurgião de transplantes Dr. Jacob Schroder, líder da pesquisa, a aplicação da doação após morte circulatória ao coração tem o potencial de proporcionar a muitos mais pacientes uma nova oportunidade de vida. “Isso realmente deveria ser padrão de atendimento”, afirmou à Associated Press.

O novo método proposto reanima o coração de forma artificial fora do corpo humano, utilizando máquinas que bombeiam sangue e nutrientes. Desta forma, além de preservar o coração, permite-se testar o seu funcionamento antes do transplante.

Durante o estudo que avaliou a viabilidade dessa técnica, 180 pacientes foram selecionados aleatoriamente para receber transplantes de corações, sendo esses oriundos tanto de doações após a morte cerebral quanto de corações reanimados. Conforme os resultados, 90% dos corações coletados após a morte circulatória puderam ser utilizados. Além disso, após seis meses, a sobrevivência dos pacientes que receberam os corações reanimados foi equivalente à dos pacientes que receberam doações após a morte cerebral.

Este avanço médico traz consigo a promessa de mudar o futuro dos transplantes de coração. Em 2022, nos Estados Unidos, apenas 8% dos mais de 4 mil transplantes de coração e pulmão realizados foram provenientes de doações após a morte circulatória. Anne Paschke, porta-voz da UNOS, disse à CNN que acredita que o número desses transtransplantes está destinado a aumentar.

Para reanimar um coração após a morte circulatória, os pesquisadores recorrem à tecnologia de ponta. O procedimento envolve a aplicação de um marca-passo para iniciar os batimentos cardíacos e o uso de uma máquina para fornecer sangue ao órgão, possibilitando seu funcionamento. Esse método contrasta com a prática convencional, que deixa o coração sem circulação sanguínea, levando ao seu rápido envelhecimento e potencial dano.

Embora o estudo de Schroder tenha fornecido evidências robustas da viabilidade dos transplantes de corações reanimados, alguns profissionais de saúde ainda se mantêm cautelosos. Dra. Nancy Sweitzer, diretora médica de pesquisa clínica da Divisão de Cardiologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington, expressou que muitos programas estão aguardando mais dados para assegurar um aumento significativo no transplante, antes de investirem na infraestrutura necessária.

O futuro do transplante de corações reanimados ainda é incerto, mas a pesquisa da Duke Health sugere um novo horizonte para a medicina de transplantes. A possibilidade de aumentar a disponibilidade de doações de corações e de oferecer uma nova vida a mais pacientes é um marco notável e uma promessa de avanços médicos ainda mais impressionantes.

 

 

 

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