Após liberdade provisória, jornalista volta a atacar homens gays em condomínio

Adriana Catarina foi flagrada ofendendo novamente, dois dias após ser detida por homofobia em shopping

Por Plox

17/06/2025 10h08 - Atualizado há 3 dias

Dois dias após ter sido detida por ofensas homofóbicas em um shopping de São Paulo, a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, voltou a ser alvo de denúncias por comportamento similar.


Imagem Foto: Reprodução


Na manhã da última segunda-feira (16), moradores do condomínio onde ela reside, em Higienópolis, região central da capital paulista, registraram em vídeo um novo episódio. As imagens mostram Catarina dirigindo expressões homofóbicas contra três homens no saguão do edifício.



De acordo com as vítimas, a mulher teria iniciado os insultos assim que avistou o grupo, utilizando termos ofensivos e referências depreciativas à sexualidade dos homens. Em determinado momento, ela os chama de “boiolas” e faz alusão ao filme “Gaiola das Loucas”, do diretor Mike Nichols. Além disso, insinuações sobre práticas sexuais também foram registradas, como a frase: “vocês querem dar o c. e ficam a noite inteira nisso”.



A Polícia Militar foi acionada imediatamente e encaminhou a jornalista à delegacia para prestar depoimento. Após o registro, ela foi liberada. As vítimas afirmaram que pretendem formalizar uma queixa-crime nos próximos dias.


\"Foi um momento extremamente constrangedor e humilhante, que nos expôs de forma cruel e injusta\", declarou Gustavo Leão, uma das vítimas.

A jornalista havia sido presa em flagrante no sábado (14), no shopping Iguatemi, após chamar um homem de “bicha nojenta” em uma cafeteria. No domingo (15), obteve liberdade provisória mediante medidas cautelares, conforme determinado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.


As determinações judiciais exigem que Adriana compareça mensalmente ao juízo para atualizar suas informações e justificar atividades. Também está proibida de frequentar o shopping onde ocorreu o primeiro incidente e de se ausentar da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia. O descumprimento pode acarretar nova prisão.


Em seu perfil nas redes sociais, consta que Adriana é natural de Campinas e formou-se em jornalismo pela PUC-Campinas. A reportagem não conseguiu contato com sua defesa até o momento, e ela não respondeu às mensagens enviadas.


O caso chama atenção para a crescente preocupação com crimes de ódio. Segundo dados recentes, Minas Gerais registrou 173 casos de homofobia apenas em 2024, e especialistas alertam para o impacto desses episódios na saúde mental das vítimas.


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