Israel mata chefe militar iraniano em ataque aéreo em Teerã

Ali Shadmani, braço-direito de Khamenei, morreu após bombardeio israelense durante a madrugada na capital do Irã

Por Plox

17/06/2025 08h39 - Atualizado há 6 dias

O Exército de Israel confirmou nesta terça-feira (17) a morte de Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior do Irã, durante um ataque aéreo realizado durante a madrugada no centro da capital iraniana, Teerã.


Imagem Foto: Divulgação


Shadmani, que era considerado o comandante de mais alta patente das forças iranianas em tempos de guerra e pessoa de extrema confiança do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, foi eliminado em uma ação que Israel classificou como o bombardeio de um 'centro de comando'.


Segundo o comunicado divulgado pelos israelenses, a ofensiva foi iniciada após surgirem condições favoráveis durante a noite. Ainda de acordo com as forças armadas, Shadmani já havia liderado tanto a Guarda Revolucionária quanto as Forças Armadas do país.



Este episódio marca o quinto dia de conflito aberto entre os dois países. Durante a manhã, fortes explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, acompanhadas de alertas de sirenes devido a novos lançamentos de mísseis por parte do Irã.


Israel já havia anunciado ataques massivos contra alvos militares localizados no oeste iraniano. A ofensiva faz parte de uma campanha aérea iniciada na sexta-feira, cujo objetivo declarado é impedir que o Irã desenvolva armas nucleares — uma intenção que Teerã nega.



A crise também dominou os debates da cúpula do G7, no Canadá. Os líderes do grupo pediram uma desescalada das hostilidades, enquanto França, Alemanha e Reino Unido apelaram para que o Irã retorne às negociações nucleares sem pré-condições.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou a reunião antes do previsto e usou sua rede social para aconselhar a saída imediata de civis de Teerã. Posteriormente, Trump declarou que sua volta a Washington não está relacionada a um cessar-fogo, mas a 'algo muito maior'.


O secretário de Defesa dos EUA, Peter Hegseth, informou que recursos adicionais foram mobilizados para reforçar a defesa americana na região. Mesmo com as negociações entre EUA e Irã interrompidas, Trump insistiu que o país persa deveria ter assinado o acordo proposto.


Enquanto isso, Abbas Araghchi, chanceler iraniano e coordenador das negociações, sugeriu que uma simples ligação de Washington poderia conter o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e reabrir caminho para a diplomacia.


Durante a madrugada, o Irã lançou sua nona sequência de ataques com drones e mísseis contra alvos em Israel, incluindo Tel Aviv e Haifa, segundo o general Kiyumars Heidari.


De acordo com o governo israelense, as represálias iranianas já causaram 24 mortes em Israel desde sexta-feira. No Irã, os ataques israelenses resultaram em mais de 220 mortes, incluindo altos comandantes e nove cientistas do programa nuclear.


Na mais recente ofensiva, Israel afirmou ter destruído depósitos e lançadores de mísseis, além de instalações de drones no oeste do Irã. Netanyahu declarou que os líderes iranianos estão sendo eliminados “um a um” e afirmou que matar Khamenei encerraria o conflito. Contudo, segundo fonte americana, Trump teria vetado esse plano, considerado um erro estratégico pelo presidente francês Emmanuel Macron.


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