Aliados de Pacheco querem Marília Campos na coordenação de campanha em MG

Prefeita de Contagem pode assumir papel estratégico ao lado de Rodrigo Pacheco nas eleições de 2026, mesmo sem ser vice na chapa

Por Plox

17/07/2025 07h08 - Atualizado há 2 dias

A movimentação política em torno das eleições de 2026 está intensificando os diálogos entre lideranças de peso em Minas Gerais. A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), vem sendo alvo de articulações por parte de aliados do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que querem vê-la envolvida diretamente na campanha do parlamentar ao governo do estado.


Imagem Foto: Rede Social


Apesar de ainda não haver uma confirmação oficial da candidatura de Pacheco, crescem os rumores de que ele aceitará o convite do presidente Lula (PT) para entrar na disputa. Nesse cenário, Marília é considerada uma peça estratégica, podendo assumir a coordenação da campanha em Minas, mesmo sem integrar a chapa como vice.


Os diálogos estariam sendo construídos por interlocutores de ambos os lados, que enxergam na parceria uma continuação da colaboração entre Marília e Pacheco em ações já realizadas em Contagem. Uma delas foi o anúncio conjunto de um pacote de obras de R$ 300 milhões para melhorias na rodovia Fernão Dias (BR-381), em trecho que corta a cidade.



A resistência de Marília, no entanto, se dá por conta de sua atual função como prefeita. Ainda assim, pessoas próximas avaliam que ela reconhece o peso de Pacheco na disputa contra a direita em Minas e poderia aceitar o convite, caso ocorra de forma oficial.


Do lado do senador, a percepção é de que, por ora, ainda é cedo para formalizar qualquer pedido. Embora exista movimentação e torcida entre aliados, Pacheco ainda não tornou pública sua intenção de concorrer ao Palácio da Liberdade.



Internamente, Marília também enfrenta pressões dentro do Partido dos Trabalhadores. A sigla busca uma definição da prefeita sobre seu futuro político. Em meio às negociações para a eleição do diretório mineiro, Marília foi sondada pelo grupo do deputado federal Reginaldo Lopes, que lançou a deputada Dandara Tonantzin na disputa. Em troca do apoio, o grupo cogitou defender o nome de Marília ao Senado em 2026.


A única candidatura que ela admitiria disputar, segundo aliados, seria justamente ao Senado Federal. Mas há um entrave: a sucessão na Prefeitura de Contagem. O atual vice-prefeito Ricardo Faria (PSD), que está com Marília desde 2020, foi indicação de Pacheco e teve sua migração do MDB para o PSD articulada pelo senador. No entanto, o nome de Faria não conta com entusiasmo dentro do PT para uma possível continuidade da gestão.



Além da campanha e do Senado, ainda circula a possibilidade de que, ao se alinhar com Pacheco, Marília Campos venha a pleitear uma vaga em algum ministério do governo federal, caso o grupo alcance êxito nas urnas.


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