Azeite fraudado vira biocombustível após fiscalização no Paraná

Quase 4 mil litros de azeite de oliva extravirgem da marca Espanhol Colonial, pertencentes ao lote 015, foram oficialmente descartados após serem considerados impróprios para o consumo humano pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Foto: Divulgação

A irregularidade foi descoberta durante uma fiscalização de rotina realizada em estabelecimentos comerciais de Curitiba pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (SIPOV/PR). Amostras foram analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), que identificou a presença de óleos vegetais não declarados na composição, configurando fraude segundo os padrões da Instrução Normativa nº 1/2012.

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Incluído na lista oficial de recolhimentos obrigatórios desde dezembro de 2023, o lote foi apreendido e destinado ao reaproveitamento. O produto adulterado foi misturado a óleo queimado e será utilizado na produção de biocombustível. As embalagens plásticas e caixas de papelão também foram recolhidas para reciclagem. Todo o processo contou com a supervisão de auditores fiscais federais agropecuários, que garantiram a rastreabilidade e a conformidade ambiental.

Desde a identificação do problema até a destinação final, o Mapa conduziu todas as etapas da operação: desde as análises laboratoriais até a fiscalização do descarte ambientalmente seguro. A pasta reforça que a comercialização de produtos adulterados é uma infração grave, sujeita a punições legais, e alerta para que consumidores verifiquem com atenção os rótulos e a procedência dos azeites adquiridos, já que algumas fraudes envolvem marcas com nomes semelhantes às tradicionais.

A ação faz parte de um esforço contínuo da Secretaria de Defesa Agropecuária para combater práticas irregulares no mercado de azeites de oliva no país, protegendo a saúde dos consumidores e a credibilidade do setor produtivo.