Crea-MG abre cadastro de voluntários técnicos para atuar em desastres em Minas

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) abriu inscrições para formar uma rede de profissionais voluntários que irão atuar em situações de emergência e desastres em todo o estado. A iniciativa é realizada em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) e tem como objetivo estruturar uma resposta técnica organizada diante de eventos extremos como enchentes, deslizamentos e rompimentos de barragens.

Foto: Divulgação

Podem se cadastrar engenheiros de todas as modalidades, além de agrônomos, geólogos, meteorologistas, geógrafos e tecnólogos que estejam com registro regular no Crea-MG. O processo de inscrição é feito por meio do site do Conselho, onde o interessado deve clicar no banner “Seja voluntário técnico”, selecionar “Quero ser voluntário” e preencher o formulário eletrônico.

Após o cadastro, os profissionais passam a integrar um banco de voluntários técnicos que será acionado em ações emergenciais no estado. Antes de atuar em campo, os inscritos participarão de capacitações organizadas pelo Crea-MG em parceria com a Defesa Civil. Os treinamentos são obrigatórios e têm o objetivo de garantir segurança, preparo e eficiência durante as operações, sempre sob a coordenação da Cedec-MG.

Segundo o presidente do Crea-MG, engenheiro civil e de segurança do trabalho Marcos Torres Gervásio, a mobilização visa aproveitar o conhecimento técnico disponível em todo o território mineiro. “Minas Gerais precisa estar preparada, e o conhecimento técnico é fundamental nesse processo. Com essa rede de voluntários, vamos ampliar a capacidade de resposta e atuar de forma preventiva em todo o estado. É a engenharia a serviço da vida”, afirmou.

Além da contribuição social, a atuação voluntária poderá ser registrada no acervo técnico dos profissionais, agregando valor à carreira conforme as normas do Conselho. Os voluntários poderão participar de ações como vistorias em imóveis, inspeções em áreas afetadas e análises de risco.

A iniciativa também reflete a preocupação crescente com os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de estrutura técnica diante de eventos extremos. A formação da rede reforça a importância do trabalho conjunto entre instituições e profissionais especializados na construção de um estado mais seguro e preparado.