Belém terá restrição de comidas típicas durante a COP30: por risco sanitário, pratos como açaí in natura, maniçoba e tucupi estão proibidos

Por risco sanitário, pratos como açaí in natura, maniçoba e tucupi estão proibidos nos restaurantes do evento climático

Por Plox

17/08/2025 10h02 - Atualizado há 1 dia

A COP30, conferência climática das Nações Unidas que ocorrerá em novembro em Belém, determinou a proibição da venda de alimentos típicos do Pará em sua forma in natura nos restaurantes instalados dentro do complexo do evento.


Imagem Foto: Reprodução


De acordo com edital de licitação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OIE), responsável pela montagem da conferência, itens como açaí, tucupi e maniçoba não poderão ser comercializados in natura nos espaços oficiais da COP. A justificativa é o risco de contaminação, especialmente pela presença do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, no caso do açaí, e toxinas naturais presentes na mandioca brava, matéria-prima do tucupi e da maniçoba.



Além desses, o documento também restringe alimentos como ostras cruas, carnes mal passadas, sucos de fruta in natura, leite cru, doces com creme ou ovos sem refrigeração e bombons de cupuaçu fora de condições refrigeradas. A primeira versão do edital proibia o uso do açaí e do tucupi em qualquer forma de preparo, mas uma atualização, feita em 15 de agosto, passou a vetar apenas as versões in natura.



Com isso, os visitantes da COP30 que desejarem experimentar pratos como o tradicional açaí com peixe frito e farinha terão que procurar restaurantes fora do local da conferência. A maniçoba, por sua vez, teve sua comercialização completamente vetada, independentemente da forma de preparo, segundo o edital.



A licitação também determina que os restaurantes e quiosques da conferência ofereçam cardápios com até 30% de ingredientes locais ou sazonais e priorizem refeições à base de plantas. Além disso, será obrigatória a disponibilidade de opções alimentares para diferentes necessidades nutricionais, como pratos veganos, vegetarianos, halal, kosher, sem glúten, sem lactose e com indicação de possíveis alergênicos.



O edital reforça ainda a diretriz de reduzir progressivamente o consumo de produtos de origem animal, com foco especial na diminuição do uso de carne vermelha nos menus oferecidos durante o evento.


Destaques