Época reconhece erro em reportagem sobre Heloisa Bolsonaro

O grupo Globo emitiu uma nota sobre a matéria veiculada referente à Heloisa, assumindo equívoco

Por Plox

17/09/2019 10h34 - Atualizado há mais de 4 anos

A revista Época teve que se desculpar com a psicóloga Heloisa Bolsonaro, esposa do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), após a repercussão nada positiva de uma reportagem divulgada no último final de semana.

A reportagem em questão trazia o título: "O coaching on-line de Heloisa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador". A matéria foi elaborada por um jornalista do grupo, que participou de cinco sessões do curso online de coaching da nora do presidente, gravou sem que ela soubesse, e divulgou conversas e experiências vivenciadas no curso.

Heloisa leva uma vida discreta e não participa de atividades públicas Reprodução Instagram

Heloisa é casada com o deputado Eduardo Bolsonaro e nora do presidente-Foto: Instagram/Reprodução

Diante das críticas à reportagem, o Conselho Editorial do Grupo Globo, responsável pela revista, divulgou uma nota nessa segunda-feira, 16 de setembro, assumindo que a matéria foi um erro. Dentre o que trazia o informe, o grupo afirmou que “o erro da revista foi tomar Heloisa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching on-line. Heloisa leva, porém, uma vida discreta, não participa de atividades públicas e desempenha sua profissão de acordo com a lei. Não pode, portanto, ser considerada uma figura pública. Foi um erro de interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou evidente para a revista”.

A nota afirmava: “Como toda atividade humana, o jornalismo não é imune a erros. Os controles existem, são eficientes na maior parte das vezes, mas há casos em que uma sucessão de eventos na cadeia que vai da pauta à publicação de uma reportagem produz um equívoco. A Época se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011. Mas, ao decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de uma série deles", dizia o comunicado.

A nota ainda afirmou que "aspectos de suas vidas privadas podem ser relevantes para o julgamento de suas vidas públicas e para a definição de suas personalidades e estilos de vida e, por isso, merecem atenção. Cada caso é um caso, e a decisão a respeito, como sempre, deve ser tomada após reflexão, de preferência que envolva o maior número possível de pessoas”.

Atualizada às 12h48

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