Duda Salabert liga lobista preso a Nikolas Ferreira, PL e esquema de mineração em MG

Deputada denuncia proximidade de Gilberto Carvalho, alvo da PF, com políticos do PL e propõe CPI para investigar corrupção na mineração em Minas

Por Plox

17/09/2025 15h02 - Atualizado há cerca de 11 horas

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (17/9) para denunciar a proximidade entre Gilberto Carvalho, preso na Operação Rejeito da Polícia Federal, e figuras de destaque do Partido Liberal (PL), como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bruno Engler (PL-MG).


Imagem Foto: Rede Social


Segundo Duda, Carvalho atuou como lobista e integrou a campanha de Bruno Engler nas eleições municipais de 2024, quando concorreu em chapa com a Coronel Cláudia. Além disso, o investigado já apareceu em registros fotográficos ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que, segundo a parlamentar, reforça a ligação com o grupo político.



Duda afirmou que havia alertado anteriormente os ministros Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Ricardo Lewandowski, da Justiça, sobre o caso. Agora, a deputada pretende protocolar um pedido para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia da Mineração, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre corrupção e crimes ambientais no setor.



A Operação Rejeito, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), apura fraudes na concessão de licenças ambientais mediante pagamento de propinas. O esquema envolveria empresários e servidores públicos de órgãos como IPHAN, ANM e SEMAD-MG.


Ao todo, 15 pessoas foram presas, 22 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 79 mandados de busca e apreensão. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos, e a suspensão das atividades das empresas investigadas. Servidores da FEAM, IEF e Copam também foram afastados por suspeita de envolvimento.



As investigações revelam uma organização criminosa complexa, com atuação voltada à lavagem de dinheiro e à ocultação de práticas ilegais por meio de uma ampla rede empresarial. De acordo com a PF, os crimes teriam causado danos ambientais graves, como erosões, desabamentos e ameaças a espécies endêmicas e ao patrimônio da Serra do Curral.



O caso segue sob apuração e tem potencial de desdobramentos significativos na política e no setor de mineração de Minas Gerais.


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