Exames detectam câncer de pele em Bolsonaro após retirada de lesões
Laudo médico confirma carcinoma de células escamosas em duas das oito lesões removidas do ex-presidente; quadro é precoce e requer apenas acompanhamento
Por Plox
17/09/2025 14h31 - Atualizado há cerca de 5 horas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com câncer de pele, segundo laudo médico divulgado nesta quarta-feira (17). A informação foi confirmada por Claudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica responsável pelos cuidados com o ex-presidente.
De acordo com Birolini, exames apontaram que duas das oito lesões retiradas no último domingo (14) são compatíveis com carcinoma de células escamosas — um tipo de câncer de pele considerado intermediário em termos de agressividade. As lesões foram encontradas no tórax e em um dos braços de Bolsonaro.
“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou o médico. Segundo ele, os tumores foram identificados em estágio inicial, o que dispensa tratamentos como quimioterapia ou radioterapia neste momento.

O laudo também indicou que não houve invasão das camadas mais profundas da pele. Dessa forma, o ex-presidente precisará apenas de acompanhamento médico periódico para monitoramento de possíveis novas lesões. O histórico de exposição ao sol sem proteção foi apontado como fator de risco relevante.
“O que ele vai ter que fazer é ser avaliado periodicamente para ver se outras lesões apresentam suspeitas. Com relação a essas lesões, elas foram retiradas, mas pela característica da pele dele, por ter tomado sol sem proteção, é caso de avaliação periódica”, afirmou Birolini.
O boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star informa que Bolsonaro foi internado na terça-feira (16) após apresentar vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Após tratamento com hidratação e medicamentos intravenosos, ele teve melhora dos sintomas e da função renal. Recebeu alta hospitalar e seguirá sob cuidados médicos.
Assinam o documento os médicos Claudio Birolini (chefe da equipe cirúrgica), Leandro Echenique (cardiologista), Guilherme Meyer (diretor médico) e Allisson Barcelos Borges (diretor geral do hospital).