Moraes pede análise da PGR sobre possível investigação de Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer
Deputados são acusados de espalhar informações falsas contra o Banco do Brasil em meio a sanções dos EUA
Por Plox
17/09/2025 18h29 - Atualizado há cerca de 2 horas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para investigar os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). O prazo dado à PGR é de cinco dias para indicar se há elementos que justifiquem a abertura de inquérito.

A solicitação chegou ao Supremo por meio do deputado Reimont (PT-RJ), líder da legenda na Câmara. Ele acusa os parlamentares de terem propagado fake news envolvendo o Banco do Brasil, além de crimes contra a economia popular, contra a ordem econômica e até associação criminosa. O parlamentar afirmou que as publicações tiveram como objetivo
\"desestabilizar o sistema financeiro nacional\"
.
Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer, em vídeos nas redes sociais, apontaram que o Banco do Brasil poderia enfrentar punições severas caso não cumprisse a chamada Lei Magnitsky — mecanismo usado pelo governo dos Estados Unidos para sancionar o ministro Alexandre de Moraes. Eduardo chegou a afirmar que o banco “será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência”. Já Gayer declarou que era hora de retirar o dinheiro das instituições financeiras, pois “Moraes vai quebrar o Brasil”.
Além dessa frente, Alexandre de Moraes também pediu nesta semana que a PGR se pronuncie sobre outro caso, envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele é acusado de possível obstrução de Justiça em articulações realizadas em Brasília para a aprovação de uma anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos, já responde a outro inquérito no STF, em que é acusado de articular sanções contra autoridades brasileiras em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes aguarda agora o posicionamento da PGR antes de decidir sobre a abertura da nova investigação.