Moraes retira GSI da escolta de Jair Bolsonaro

Decisão do ministro do STF define que deslocamentos do ex-presidente fiquem sob responsabilidade apenas da Polícia Federal e da Polícia Penal

Por Plox

17/09/2025 22h29 - Atualizado há cerca de 6 horas

A partir desta quarta-feira (17/9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não será mais responsável pela escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi tomada depois da saída do político do hospital DF Star, em Brasília, no domingo (14/9), em circunstâncias que contrariaram restrições impostas pela Justiça.


Imagem Foto: Agência Brasil


No despacho, Moraes destacou que a mudança busca padronizar os deslocamentos e reforçar a segurança do custodiado, preservando também a ordem pública. Ele determinou que o transporte e a escolta de Bolsonaro sejam realizados exclusivamente pela Polícia Federal ou pela Polícia Penal, sem participação de agentes do GSI. O órgão permanecerá responsável apenas pela segurança dos familiares do ex-presidente.



Durante a ida ao DF Star no domingo, Bolsonaro fez exames de imagem e laboratoriais e retirou lesões cutâneas. No entanto, o embarque ocorreu em local aberto e movimentado, o que, segundo Moraes, descumpriu as medidas cautelares. Além disso, ele acompanhou por um longo período a coletiva do médico Cláudio Birolini.



Em relatório enviado ao ministro, a Polícia Penal do Distrito Federal explicou que Bolsonaro foi fotografado e filmado, mas não chegou a se manifestar em palavras ou gestos. A corporação alegou que, diante da grande quantidade de apoiadores próximos ao veículo do ex-presidente, não houve condições de impor comandos verbais ou aplicar força para dispersar o grupo.


Após novo retorno ao hospital nesta terça-feira (16/9), por causa de um mal-estar, Bolsonaro recebeu o diagnóstico de câncer de pele. O boletim médico divulgado por Birolini indicou carcinoma de células escamosas “in situ” em duas das oito lesões removidas, exigindo acompanhamento clínico constante.


Condenado na semana anterior pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar devido ao descumprimento de medidas cautelares. Ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também são investigados por coação à Justiça em um inquérito aberto após sanções aplicadas pelos Estados Unidos.


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