Antes de morrer soterrada em BH engenheira compartilha paixão pelo trabalho
Juliana Veloso, de 30 anos, compartilhou momentos da obra no supermercado Verdemar pouco antes do fatídico acidente.
Por Plox
17/10/2023 19h34 - Atualizado há mais de 1 ano
Juliana Angélica Menezes Veloso, engenheira de 30 anos, demonstrou repetidamente sua paixão pela profissão nas redes sociais. Em sua última postagem no Instagram, feita na véspera do fatídico acidente, Juliana compartilhou uma imagem da obra do supermercado Verdemar, localizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde um deslizamento de terra acabou tirando sua vida na manhã do dia 17 de outubro.

Seu perfil na rede social é um testemunho de sua dedicação ao ofício. Em abril deste ano, ao mostrar um projeto em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, ela escreveu: "Realizar é mais importante do que sonhar. Amo o que eu faço, que nem sinto que estou trabalhando." O sonho de se tornar engenheira é algo que ela carregou desde a infância, como revelou em outra publicação: “Desde pequena eu amava brincar de montar casinha, e sigo fazendo isso até hoje”. O apoio e carinho de amigos e familiares também era visível em seus relatos.
Detalhes do Acidente
No dia 17 de outubro, um trágico acontecimento chocou Belo Horizonte. Quatro pessoas, incluindo Juliana, perderam suas vidas soterradas durante as obras do supermercado Verdemar, no bairro Belvedere. Além dela, as vítimas foram identificadas como Roberto Mauro da Silva, Zacarias Evangelista Fonseca e Rafael Pereira Barbosa. Um jovem operário, de 23 anos, foi retirado dos escombros com vida e encaminhado ao Hospital Odilon Behrens, mas seu estado de saúde não foi divulgado.
O acidente foi causado pelo desprendimento de um talude de 3 metros de altura, que acabou soterrando as vítimas. A investigação do ocorrido está sob responsabilidade da Polícia Civil, que buscará esclarecer as causas exatas do desastre.
Vida Pessoal
Juliana, além de dedicada profissional, era uma fervorosa cristã, ligada à Igreja do Evangelho Quadrangular. Ela era casada e, infelizmente, não deixa filhos. Seu legado, contudo, permanecerá vivo nas memórias de todos que a conheceram e nas obras que realizou com tanto amor e dedicação.