Cientistas criam pílula que pode substituir exercícios físicos e combater doenças

Composto desenvolvido nos EUA imita os benefícios dos exercícios, promete combater obesidade e doenças metabólicas

Por Plox

17/10/2024 15h01 - Atualizado há 4 dias

Cientistas dos Estados Unidos anunciaram a criação de uma pílula inovadora que promete reproduzir os efeitos dos exercícios físicos sem a necessidade de praticar atividades intensas. Resultado de mais de dez anos de pesquisas, o composto foi revelado durante o encontro da Sociedade Americana de Química (ACS), realizado nos Estados Unidos até o dia 21 de março de 2024.

Foto: reprodução/ Freepik

Benefícios sem esforço físico

A nova pílula, desenvolvida por uma equipe liderada por Bahaa Elgendy, foi testada em animais e demonstrou ser eficaz na imitação dos processos metabólicos normalmente ativados pela prática de exercícios. O composto age diretamente em proteínas receptoras de estrogênio, hormônio crucial para o metabolismo de gorduras e a saúde óssea. Segundo Elgendy, essa substância pode ser um grande aliado para pessoas que, por motivos de saúde ou falta de tempo, não conseguem realizar atividades físicas regulares.

“Não podemos substituir o exercício, o exercício é importante em todos os níveis”, destacou Elgendy em comunicado à imprensa. Ele explicou que, embora a pílula ofereça uma alternativa, a prática de exercícios continua sendo a melhor recomendação quando possível.

Resultados promissores em testes com animais

O composto foi inicialmente testado em ratos e apresentou resultados significativos. Entre os efeitos observados, destacam-se a prevenção da obesidade, a melhora na função cardíaca e renal, e o aumento da massa muscular dos animais. Esses efeitos foram obtidos após a equipe de pesquisadores aperfeiçoar a fórmula para reduzir a toxicidade e aumentar a eficiência.

Os testes com ratos foram um passo importante, mas os cientistas alertam que ainda é necessário um longo caminho antes que a pílula possa ser testada em humanos. Apesar disso, a descoberta aponta para um avanço promissor no combate a doenças como a obesidade e a insuficiência cardíaca, e para uma nova forma de intervenção no metabolismo humano.

Substituto em situações específicas

A criação da pílula surge como uma possível solução para quem enfrenta desafios em manter uma rotina de exercícios, seja por restrições físicas ou por falta de tempo. No entanto, Elgendy enfatiza que, sempre que possível, a atividade física deve ser priorizada, já que seus benefícios vão além dos efeitos metabólicos, incluindo melhorias na saúde mental e na qualidade de vida.

A pesquisa oferece uma nova esperança para pacientes que, por questões de saúde, não conseguem realizar exercícios físicos e precisam de uma alternativa para cuidar do metabolismo. Entretanto, a pílula não deve ser vista como um substituto absoluto para atividades físicas, mas como uma ferramenta complementar para casos específicos.

O futuro da intervenção metabólica

A pílula ainda não foi liberada para testes em humanos, mas os cientistas estão otimistas quanto ao potencial de seu uso no futuro. Caso os resultados sejam confirmados em pessoas, essa pode ser uma solução inovadora para problemas como sedentarismo e doenças relacionadas ao metabolismo, criando uma alternativa viável para indivíduos com limitações físicas.

 

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