Pastores criticam criação do Dia Nacional da Música Gospel

Líderes evangélicos veem a medida como tentativa política de aproximação com o segmento

Por Plox

17/10/2024 11h37 - Atualizado há 4 dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no dia 15 de outubro, o Projeto de Lei nº 3.090, que estabelece o Dia Nacional da Música Gospel, a ser comemorado anualmente em 9 de junho.

A decisão gerou reações na comunidade evangélica, com líderes criticando a ação como uma tentativa de aproximação política entre o governo e o segmento. O pastor André Valadão, da Lagoinha Global, foi um dos primeiros a se pronunciar nas redes sociais, afirmando que "o Brasil não é brincadeira" e sugerindo que muitos não percebem as intenções por trás dessa medida.

O evangelista Guilherme Batista, do ministério O Retiro, comparou a ação com um "marido dando flores após trair a esposa", ressaltando um tom de desconfiança em relação à sanção.

Sanção do Projeto de Lei que institui o Dia Nacional da Música Gospel Foto: Ricardo Stuckert / PR

Outro líder evangélico que comentou o tema foi o bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra. Para ele, a criação do Dia Nacional da Música Gospel não terá impacto significativo na relação entre o governo e a comunidade cristã, destacando que a medida parece ser meramente política, sem diálogo ou respeito profundo aos valores cristãos.

O cantor gospel Asaph Borba, conhecido no meio musical, também se posicionou de forma irônica, mencionando dificuldades enfrentadas por músicos do segmento e insinuando que a criação da data não resolveria os problemas reais que os profissionais da música gospel enfrentam. Mais tarde, Borba publicou um esclarecimento, frisando a necessidade de priorizar valores cristãos fundamentais, como a defesa da vida, da família e da moral, ao invés da criação de uma data comemorativa.

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