Calor extremo causa quebra de piso no Cefet-MG em Belo Horizonte

Temperaturas recordes provocam dilatação térmica e danos em prédio histórico; professor detalha fenômeno

Por Plox

17/11/2023 11h26 - Atualizado há 8 meses

O Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), localizado no bairro Nova Gameleira, em Belo Horizonte, vivenciou um incidente inusitado na tarde de quinta-feira, 16 de novembro. Por volta das 16h30, o piso do prédio principal da instituição, que tem mais de três décadas, sofreu uma quebra devido à dilatação térmica causada pelas altas temperaturas na cidade. O evento ocorreu após registros de temperaturas internas atingindo 38ºC.

 

 

 

Foto: Redes Sociais / Reprodução

Sidney Maia, professor de física do Cefet-MG, explicou o fenômeno, referindo-se a ele como uma manifestação prática das teorias abordadas em suas aulas. "Quando a temperatura de todos os materiais de um piso aumenta, esses materiais também aumentam de tamanho, dilatam. Por isso, na construção, deixa-se um espaço, uma junta de dilatação, para permitir esse escape. Mas, quando o calor é demais, entorta, dilata e dá esse efeito do vídeo", detalhou Maia.

O prédio, apesar de projetado corretamente com espaços para dilatação, não estava preparado para lidar com temperaturas tão elevadas, algo não previsto no projeto original. A onda de calor que atingiu Belo Horizonte, com máximas de 37,6ºC, foi apontada como um fator crucial para o incidente. No corredor onde houve o problema, a temperatura chegou a 35ºC, enquanto em uma das salas de aula, o termômetro registrou 38ºC.

Além do relato do professor sobre a situação física do prédio, Maia também descreveu o desconforto vivenciado pela comunidade acadêmica devido ao calor intenso. "Foi uma sensação de calor muito grande, estava muito quente. Nos prédios existe o problema de não ter ar condicionado, algumas salas têm ventiladores, mas não todas. E ainda, quando liga o ventilador, temos que lidar com o barulho. Estamos fazendo o possível, focando na hidratação", relatou o professor.

Em setembro, durante a última onda de calor, o Cefet-MG optou por aulas remotas devido às altas temperaturas. Contudo, nesta ocasião, as atividades presenciais foram mantidas. A equipe de reportagem contatou o Cefet-MG e aguarda um posicionamento oficial sobre o ocorrido.
 

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