O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) têm viagem marcada para segunda-feira (17) a El Salvador, onde vão se reunir com o presidente Nayib Bukele. A visita ocorre às vésperas da votação do PL Antifacção na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Conexão com o debate de segurança pública

A reunião acontece em meio à discussão no Congresso sobre pautas de segurança, como o projeto de enfrentamento a facções criminosas e a PEC da Segurança. Esses temas, que compõem algumas das principais bandeiras políticas da direita, ganham peso no cenário eleitoral de 2026.

Objetivo da viagem e agenda

Presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, Flávio Bolsonaro solicitou autorização para participar da missão internacional no início de novembro. Segundo ele, a intenção é promover uma troca de experiências sobre políticas de segurança, sistema prisional e legislação penal entre Brasil e El Salvador. Até o momento, a agenda detalhada dos compromissos no país não foi apresentada.

Atuação parlamentar e repercussão

No âmbito do Senado, Flávio também integra a CPI do Crime Organizado, instaurada após operação policial no Rio de Janeiro que resultou em diversas mortes nos complexos do Alemão e da Penha.

Já Eduardo Bolsonaro realiza a viagem poucos dias após se tornar réu no STF. A decisão foi da Primeira Turma, que aceitou denúncia referente à suposta articulação de sanções nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O caso está relacionado a ações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado.

Encontro visto como gesto político

Aliados enxergam a ida dos irmãos a El Salvador como um movimento político. O encontro com Bukele é considerado uma forma de fortalecer o discurso de que a direita apoia medidas mais rígidas no combate ao crime organizado.