Saúde

Campanha alerta para riscos do uso inadequado de antimicrobianos

Semana Mundial destaca a importância do uso racional de antibióticos e a atuação da atenção primária para conter avanço da resistência microbiana

17/11/2025 às 11:24 por Redação Plox

A Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência aos Antimicrobianos acontece de 18 a 24 de novembro, mobilizando esforços globais para alertar sobre a importância do uso responsável de medicamentos como antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Em 2025, a campanha destaca o tema Tome uma atitude agora! Proteja nosso presente. Garanta nosso futuro e ressalta que a preservação da eficácia desses medicamentos é fundamental para tratamentos de infecções e para a segurança de procedimentos médicos.

Dados indicam que a resistência bacteriana resulta em 1,3 milhão de óbitos diretos anualmente em todo o planeta

Dados indicam que a resistência bacteriana resulta em 1,3 milhão de óbitos diretos anualmente em todo o planeta

Foto: Reprodução / Agência Brasil.


Resistência aos antimicrobianos é preocupação mundial

A resistência aos antimicrobianos ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas sofrem mutações e deixam de responder aos tratamentos existentes. O Ministério da Saúde enfatiza que esse processo compromete não só o combate a infecções comuns, mas também coloca em risco procedimentos médicos, já que muitos deles dependem da eficácia dos antibióticos. O fenômeno é encarado como uma crise de saúde pública global.

Impacto da resistência já atinge milhões de pessoas

Estimativas apontam que, atualmente, a resistência bacteriana causa 1,3 milhão de mortes diretas todos os anos no mundo. A falta de conscientização e de medidas de prevenção pode tornar o problema ainda pior e, segundo projeções citadas na campanha, a resistência pode se tornar a principal causa de morte no planeta até 2050, podendo chegar a mais de 39 milhões de óbitos anuais.


A disseminação descontrolada da resistência pode deixar até infecções simples, como urinárias e pneumonias, intratáveis.

Uso inadequado de antimicrobianos é o principal vilão

O avanço da resistência está diretamente relacionado ao uso indevido e excessivo de antimicrobianos. Entre os fatores que contribuem para o agravamento da situação estão a automedicação, o uso de antibióticos para tratar doenças virais, a interrupção precoce dos tratamentos e o compartilhamento de medicamentos.


Essas práticas não apenas dificultam a recuperação individual, mas estimulam a circulação de micro-organismos resistentes no ambiente comunitário.

Como prevenir a resistência e usar antimicrobianos de forma segura

A campanha orienta a população a adotar medidas simples e acessíveis para conter o avanço da resistência. Entre elas estão a utilização de antimicrobianos somente sob prescrição médica e ao seguir corretamente a dose, o horário e o tempo de tratamento indicados; evitar pressionar profissionais de saúde por antibióticos quando não são necessários; adotar hábitos de higiene adequados, como lavar as mãos frequentemente, manter a vacinação em dia e cuidar da segurança dos alimentos.


Outro alerta importante refere-se ao descarte de medicamentos, que devem ser levados a pontos de coleta específicos, nunca jogados no lixo comum, pia ou vaso sanitário.

Atuação direta da Atenção Primária na prevenção

A Atenção Primária à Saúde, junto aos Agentes Comunitários de Saúde, tem papel estratégico para orientar a população sobre o uso racional dos medicamentos, estimular a prevenção de infecções e encaminhar pacientes para avaliação adequada nas unidades básicas de saúde. Além disso, esses profissionais acompanham os tratamentos e reforçam a importância de seguir as prescrições até o final, mesmo após a melhora dos sintomas.

Responsabilidade compartilhada para proteger o futuro

A Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência aos Antimicrobianos é um chamado à ação coletiva. Garantir que os antimicrobianos continuem eficazes é uma responsabilidade que envolve toda a sociedade: profissionais de saúde, gestores públicos e cada cidadão. A adoção de atitudes conscientes contribui para que esses medicamentos sigam salvando vidas no presente e no futuro.

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