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Vídeo: Startup causa polêmica ao recriar parentes mortos com IA e gera debate ético
Vídeo de mulher grávida interagindo com avatar da mãe falecida levanta questões sobre privacidade, luto e limites da tecnologia
17/11/2025 às 09:31por Redação Plox
17/11/2025 às 09:31
— por Redação Plox
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A viralização de um vídeo mostrando a recriação digital de pessoas já falecidas colocou a startup americana 2wai no centro de um intenso debate sobre tecnologia, luto e ética. O conteúdo, divulgado por Calum Worthy, ex-estrela da Disney e cofundador da empresa, destacou as possibilidades e controvérsias ao usar inteligência artificial para recriar parentes mortos.
Usuários consideraram a sugestão como uma abordagem emocionalmente arriscada e que pode impactar negativamente o processo de luto
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Recriação virtual provoca discussão sobre ética e luto
O vídeo que causou repercussão mostra uma mulher grávida interagindo com uma representação virtual de sua mãe já falecida. A narrativa prossegue ao longo dos anos, à medida que a avó digital acompanha o crescimento do neto, participa da vida da família e, já ao final, a personagem principal anuncia que ela se tornará bisavó. O clipe publicitário sugere que bastam poucos minutos de gravação para garantir interações personalizadas no futuro. Assista:
Apresentação do aplicativo.
Vídeo: Reprodução / Redes sociais.
Worthy defendeu a iniciativa ao chamá-la de um “arquivo vivo da humanidade” e levantou reflexões sobre a presença constante de entes queridos em ambientes digitais. No entanto, a repercussão nas redes gerou mais críticas do que apoio.
Preocupações com o impacto emocional
Entre os comentários, predominou a avaliação de que a proposta poderia ser emocionalmente arriscada e prejudicial ao processo natural do luto, já que a presença virtual de parentes falecidos poderia dificultar a elaboração da perda. Muitos também expressaram desconforto com a ideia de um avatar digital acompanhando o neto em diferentes fases da vida.
O aplicativo permite a criação dos HoloAvatars, que conseguem se comunicar em tempo real, imitar movimentos e falar em diversas línguas
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Comparações com ficção e críticas ao modelo de negócio
A polêmica ganhou novas proporções quando o aplicativo foi comparado ao episódio “Be Right Back”, da série “Black Mirror”, que aborda temas semelhantes de convívio com simulações de pessoas mortas. Usuários destacaram a proximidade entre ficção e realidade e defenderam limites éticos mais claros para o uso de IA em situações de luto e memória.
O serviço permite a criação dos chamados HoloAvatars: avatares que conversam em tempo real, reproduzem movimentos e falam mais de um idioma. Segundo a empresa, essas simulações são baseadas em vídeos de três minutos enviados pelo usuário, mas não há explicações detalhadas sobre como dados tão limitados sustentariam a personalidade ou as lembranças recriadas.
Esta ausência de dados concretos agravou dúvidas sobre privacidade, precisão e consentimento, especialmente no caso de pessoas que não podem mais autorizar o uso de suas imagens.
Diversificação de funcionalidades gera novos debates
Além das recriações personalizadas, a plataforma também oferece personagens históricos e avatares pré-configurados. Essas funções ampliaram a discussão sobre os riscos de misturar entretenimento, relações afetivas e a reconstrução de identidades reais ou póstumas. Surgiram novas preocupações sobre dependência emocional, distorção de memórias e a possibilidade de exploração financeira do luto.
Planos de expansão e investimentos
A 2wai afirma que pretende tornar a experiência de criação de avatares mais acessível e ampliar o uso da tecnologia para as áreas de educação, entretenimento e comunicação.
Segundo informações divulgadas anteriormente, a empresa já captou cinco milhões de dólares em rodadas iniciais e mantém parcerias com empresas de tecnologia, o que reforça os planos de expansão no mercado.
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