O Ministério da Saúde da Etiópia confirmou, nesta segunda-feira (17), a morte de três pessoas devido ao vírus de Marburg. Outras três mortes estão sob investigação, com suspeita de ligação à doença. Ainda na sexta-feira (14), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia relatado pelo menos nove casos no sul do país.

Autoridades Etíopes intensificam investigações

O Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças foi alertado sobre a situação e informou que os casos foram confirmados pelo Laboratório Nacional de Referência da Etiópia. As investigações iniciais sugerem que se trata de uma cepa do vírus já registrada na África Oriental.

Rastreamento e combate à transmissão

No momento, equipes de saúde atuam para rastrear a origem da infecção e conter o avanço do surto. O vírus é transmitido principalmente por contato com fluidos corporais de pessoas infectadas ou, ainda, por meio de animais silvestres, como macacos ou morcegos.

O Marburg é considerado um dos vírus mais letais do mundo e ainda não existe vacina específica contra a doença.

Principais sintomas e riscos à saúde

A doença se manifesta inicialmente com febre alta, vômitos, dores de cabeça intensas, desconforto geral, dores musculares, arrepios e diarreia severa. Nas fases mais graves, pode provocar hemorragias – como sangue no vômito, fezes, nariz, gengivas ou áreas íntimas –, além de confusão mental, delírios e falência múltipla dos órgãos.

O período de incubação do vírus varia de 2 a 21 dias. A taxa de mortalidade é considerada alta, oscilando entre 25% e 80%, dependendo da resposta do sistema de saúde local.