Neurocientista afirma que uso recreativo da maconha diminui a inteligência do usuário

O neurocientista PhD Fabiano de Abreu afirma que a Cannabis sativa compromete a sinalização neural e prejudica a memória

Por Plox

17/12/2021 09h21 - Atualizado há quase 3 anos

A partir de estudos sobre o efeito da Cannabis sativa (popularmente conhecida como maconha) no cérebro, o PhD neurocientista, biólogo e historiador Fabiano de Abreu concluiu em seu artigo que o uso crônico via fumo desta substância diminui a inteligência do usuário. O neurocientista explica que na maconha inalada via fumo, há uma substância psicoativa chamada de Tetra-hidrocanabinol (THC) que altera a capacidade cognitiva do usuário, provocando sintomas como perda de memória e redução da velocidade de raciocínio.

Foto: Divulgação

 

De acordo com Fabiano de Abreu, o conceito de inteligência geral foi desenvolvido para definir habilidades gerais, tais como memória e capacidade mental que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar e resolver problemas. Fabiano de Abreu analisa que pacientes que fazem uso crônico da Cannabis sativa (maconha) inalada por fumaça, apresentam alterações comportamentais, tais como: “lentidão, falta de memória, falta de localização espacial, perda de motivação e falta de raciocínio lógico são comportamentos apresentados por usuários contínuos”, sinaliza o neurocientista e Professor da Logos University International (UniLogos).

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Como metodologia de pesquisa, Fabiano de Abreu consultou artigos em bases científicas e também entrevistou psicólogos: "por  meio  de  entrevista  com  os  cinco  psicólogos,  foi  relatado  que  seus  pacientes crônicos  usuários  da substância afirmaram  ter  dificuldade  no  aprendizado  apresentando perda  de  memória,  dificuldades  em  permanecer  concentrados  em  determinada função e alterações nas funções cognitivas”, afirma o especialista em neurociência aplicada à aprendizagem.

“Atualmente, existem evidências que usuários de maconha podem sofrer problemas no processamento da memória a curto prazo. A hipótese é de que a Cannabis sativa compromete a sinalização neural quando se liga aos receptores responsáveis pela memória no cérebro. Consequentemente, pode  afetar  a  capacidade  de  aprendizagem e até mesmo desencadear problemas  de  concentração”, afirma o neurocientista.

Além das alterações cognitivas, o psicólogo André Barbosa descreve que outros efeitos da Cannabis sativa na saúde mental são: “o uso de maconha potencializa o desenvolvimento de psicoses como a esquizofrenia, e pode ativar, em jovens, o transtorno afetivo bipolar, síndrome do pânico e também a depressão”, alerta o especialista em psicologia. 

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