As fortes chuvas que atingem Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, desde a madrugada desta quarta-feira (17), provocaram alagamentos em ruas do Centro, levaram a prefeitura a suspender as aulas em toda a rede municipal de ensino e forçaram a retirada de moradores de áreas de risco.
Às 7h29, a Defesa Civil municipal emitiu um alerta extremo para risco de deslizamento na região do Quitandinha, após o registro de mais de 60 mm de chuva em apenas uma hora e 150 mm nas últimas 24 horas na cidade.
As escolas que funcionam como pontos de apoio permanecem abertas para receber moradores das áreas vulneráveis, enquanto o transporte público chegou a ser totalmente interrompido por quase duas horas.
A orientação das autoridades é para que a população evite deslocamentos, não tente atravessar áreas alagadas e mantenha atenção a possíveis sinais de deslizamento. Em caso de emergência, o contato com a Defesa Civil deve ser feito pelo telefone 199.
Imagens enviadas por moradores mostram ruas da região central completamente alagadas, como a Praça do Pedro, ao lado da Rua do Imperador, principal via da cidade, que amanheceu sob água após o temporal.
No Centro Histórico, comerciantes fecharam as portas e ergueram mercadorias para tentar reduzir os prejuízos com a entrada de água nas lojas. Em bairros como Independência e São Sebastião, sirenes foram acionadas por conta do protocolo de risco de deslizamento.
Segundo o secretário de Defesa Civil, Guilherme Moraes, equipes acompanham os efeitos da chuva desde as primeiras horas do dia.
Promovemos avisos à população por meio das sirenes e abrimos pontos de apoio em regiões como Quitandinha, Thouzet, 24 de Maio, Vila Felipe, Alto da Serra e Independência. Também orientamos a suspensão do transporte público no 1º Distrito e o fechamento do comércio no Centro Histórico para proteger a população
Guilherme Moraes
A Defesa Civil reforça que os moradores devem acompanhar apenas os alertas oficiais e permanecer em casa sempre que possível.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou, na manhã desta quarta-feira (17), 170 mm de chuva em apenas 6 horas em Petrópolis. O município enfrenta os impactos da tempestade desde o fim da madrugada.
Dados da estação pluviométrica automática do bairro Independência indicavam, no meio da manhã, 171 mm de precipitação entre 4h20 e 10h20, volume considerado chuva torrencial em um curto intervalo. Na Estação Morin, foram 106 mm no mesmo período.
O volume de chuva é medido pela quantidade de água acumulada em uma área durante um intervalo específico, com uso de pluviômetros. A unidade mais comum é o milímetro: 1 mm de chuva corresponde a 1 litro de água sobre 1 metro quadrado de superfície. Assim, ao registrar esses valores ao longo do tempo, meteorologistas acompanham a intensidade e o total precipitado em cada região.
O temporal arrastou veículos e chegou a “engolir” carros nas enxurradas. Até a última atualização, não havia registro de vítimas.
Vídeos publicados em redes sociais mostram um automóvel vermelho sendo levado pela correnteza de um rio que transbordou, ocupando as ruas que o margeiam. Em determinado ponto, o carro afunda e desaparece na água.
Em outra gravação, um morador registra o momento em que um veículo branco aderna em um rio que também encheu rapidamente. Testemunhas relataram que não havia ninguém dentro do automóvel. Em outro trecho da cidade, a força da água em uma ladeira tirou um carro do chão e o arrastou rua abaixo.
A recomendação das autoridades permanece a mesma: evitar sair de casa sem necessidade, não atravessar áreas alagadas e ficar atento a qualquer sinal de movimentação de terra. Em caso de emergência, o telefone da Defesa Civil é o 199.
Desde o início da manhã, as fortes chuvas provocam alagamentos em diferentes pontos de Petrópolis. Às 7h29, a Defesa Civil emitiu o alerta extremo, e, em seguida, a prefeitura suspendeu as aulas na rede municipal, determinou o fechamento do Centro Histórico e iniciou a remoção de moradores das áreas de risco.
O transporte público ficou suspenso por quase duas horas por segurança. As escolas que funcionam como pontos de apoio permanecem abertas para abrigar quem precisou deixar suas casas por conta da chuva intensa e da ameaça de deslizamentos.
