Política

Lula libera ministros para disputar eleições municipais de 2026

Em reunião na Granja do Torto, presidente afirma que não criará obstáculos à saída de auxiliares para a disputa eleitoral, mas cobra bons resultados nas urnas e prevê impacto na governabilidade a partir de 2027

17/12/2025 às 13:32 por Redação Plox

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a tratar, nesta quarta-feira (17), da possibilidade de integrantes de sua equipe deixarem os cargos para disputar as eleições municipais de 2026. Durante a abertura da última reunião ministerial do ano, na Residência Oficial da Granja do Torto, em Brasília, ele sinalizou que não irá criar obstáculos à saída de ministros interessados em concorrer, mas cobrou resultados nas urnas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe de ministros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe de ministros

Foto: Presidência


Lula libera ministros, mas cobra vitória nas urnas

Em tom bem-humorado, Lula afirmou que compreende o movimento de auxiliares que pretendem se candidatar no próximo pleito e destacou que espera que os que deixarem o governo sejam bem-sucedidos nas disputas. O encontro reuniu o presidente e todo o primeiro escalão do governo.

Como já havia sido mostrado anteriormente, quase metade dos ministros deve concorrer a algum cargo eletivo em 2026. A movimentação envolve nomes de diferentes partidos que compõem a base aliada no Palácio do Planalto.

Pela legislação eleitoral, os titulares das pastas têm até 4 de abril de 2026 para decidir seus próximos passos. Esse é o prazo-limite para a desincompatibilização, que obriga ocupantes de cargos públicos a deixarem as funções antes de se lançarem candidatos, como forma de evitar o uso da máquina pública e o abuso de poder econômico ou político.

Partidos terão de definir posição em 2026

Lula também ressaltou que o calendário eleitoral deverá pressionar as siglas a deixarem claro se estarão ao lado do governo ou se irão apoiar outras candidaturas. Segundo ele, a disputa de 2026 tende a exigir posicionamentos mais nítidos das legendas que hoje integram a coalizão.

Na avaliação do presidente, o próximo ano será marcado por uma definição mais clara de alianças, projetos e discursos, tanto por parte dos ministros que pretendem concorrer quanto dos partidos aos quais são filiados. Para o Planalto, a reorganização das forças políticas no pleito municipal terá reflexos diretos no cenário nacional e na governabilidade a partir de 2027.

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