Especialista dá dicas de como tirar as finanças do vermelho durante a pandemia
Thiago Martello revela pontos importantes que podem salvar a vida financeira de muitas famílias nesse período instável
Por Plox
18/01/2022 16h56 - Atualizado há mais de 2 anos
Durante a pandemia, a saúde financeira de várias famílias brasileiras entrou em risco por diversos motivos diferentes. Desde a falta de empregos no país, até a alta nos preços de qualquer produto no mercado. São diversos os fatores que contribuem para esse cenário.
De acordo com Thiago Martello, especialista e agente autônomo de investimentos, existem algumas maneiras para se precaver ou superar esses momentos, começando com a análise de tudo o que é cobrado de forma automática, mas teve seu uso reduzido durante o período de Covid. "O isolamento fez do home office uma obrigatoriedade no estilo de trabalho. Com isso, a utilização de dados móveis nas redes 3G ou 4G diminuiu e as pessoas passaram a utilizar mais a internet fixa (wi-fi) de casa. Portanto, alguns indivíduos podem reduzir o valor desse pacote de telefonia móvel", relata.
Além disso, serviços como TV a cabo e streaming de filmes e músicas podem tomar grande parte do orçamento e serem pouco aproveitados. "São serviços que muitas vezes colocamos para cobrança automática ou no cartão de crédito. Com frequência, essas cobranças caem no esquecimento e os pacotes não são utilizados em sua totalidade", revela o especialista.
Também é possível tentar renegociar outros serviços, como plano de saúde, aluguel e financiamento da casa, criando uma portabilidade de dívida ou atualizando sua taxa de juros para um valor menor, reduzindo o montante daquelas contas.
Com o advento da tecnologia diversas atividades se tornaram rotineiras, mas algumas delas acabam trazendo despesas enormes a longo prazo. É o caso dos aplicativos de Delivery, por exemplo. Martello acredita que é necessário criar uma rotina de planejamento. "Para economizar, é indicado se organizar no final de semana pensando nas principais refeições que serão realizadas durante a semana e deixar os alimentos pré-preparados, pois a rotina nos dias úteis costuma ser mais corrida. Desta forma, o bolso e alimentação estarão saudáveis", pontua.
Já para os apps de transporte, o educador financeiro vê a necessidade de uma readequação da sociedade, usando meios alternativos que ajudem a fechar a conta no fim do mês. "Vale levar em consideração que de R$7,00 em R$7,00 uma tonelada de dinheiro gasto é formada durante um período. Adiante-se para ir aos compromissos marcados, utilize transporte público ou meios alternativos como patinete ou bicicleta, ou até mesmo uma carona com um colega", detalha.
Em situações em que a economia está mais abalada, o especialista sugere que a família faça uma busca pelos itens que não são mais usados e podem ser vendidos. "Vasculhe e separe tudo o que não foi usado nos últimos seis meses e está em bom estado, como roupas e eletrodomésticos que outras pessoas possam comprar. Com isso, é possível iniciar o processo de tirar fotos e anunciar nas redes sociais ou em sites especializados. Também é possível vender os dias de férias disponíveis para a empresa em que você trabalha. Normalmente, ao realizar essas ações, é feita uma injeção de capital considerável para todos os integrantes do lar, que pode ser um “salvador” nas contas mensais ou até mesmo para pagar alguma dívida em atraso", finaliza.