“Não há possibilidade de delação premiada”, diz advogado de Anderson Torres
Ex-ministro está preso em Brasília desde o dia 14 de janeiro, acusado de atuar com alguns setores da Polícia Militar do DF para facilitar a ação dos manifestantes no ataque aos Três Poderes
Por Plox
18/01/2023 10h54 - Atualizado há mais de 2 anos
O advogado do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal exonerado, Anderson Torres, disse não haver possibilidade de uma delação premiada durante os depoimentos para investigar o ataque ao Congresso Nacional ocorrido no dia 8 de janeiro.
Algumas pessoas chegaram a criar expectativa de um possível depoimento de Torres que denunciasse o envolvimento de membros do governo Bolsonaro, e até mesmo do ex-presidente.
"Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado", afirmou o advogado Rodrigo Roca à CNN.

A defesa de Anderson Torres também disse que não irá se manifestar sobre as acusações quanto não tiver acesso aos autos da investigação.
Prisão
O ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, foi preso pela Polícia Federal na manhã do último sábado (14) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília JK, vindo de Miami, nos Estados Unidos.
A prisão ocorreu por volta de 8h20, uma hora após ele desembarcar na capital brasileira. Ele deixou o local em um comboio da polícia e foi levado para o 4ª Batalhão da Polícia Militar no Guará, em Brasília.

A determinação para a prisão de Torres ocorreu na última terça-feira (10) pelo ministro do Superemo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais. Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreu as invasões e vandalismos em Brasília no dia 8 de janeiro. Ele é acusado de atuar com alguns setores da Polícia Militar do DF para facilitar a ação dos manifestantes no ataque aos Três Poderes.