Câmara de Ipatinga colabora com as investigações contra vereadores, afirma procurador jurídico

Um vereador e um chefe de gabinete estão presos; outro parlamentar é considerado foragido

Por Plox

18/02/2019 17h35 - Atualizado há cerca de 5 anos

O procurador jurídico da Câmara de Ipatinga-MG, Adalton Lúcio Cunha concedeu entrevista à imprensa, na tarde de hoje (18), para comentar que a Câmara está acompanhando todo o processo das investigações contra alguns vereadores da Casa. Na sexta-feira (15), o Gaeco, o Ministério Público e a Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão em gabinetes de quatro vereadores. Os mandados foram expedidos pela Justiça de Ipatinga e resultaram na apreensão de equipamentos, aparelhos celulares e documentos. Eles são acusados de concussão, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Na operação, o vereador Luiz Márcio foi preso e no sábado (16), em continuidade, o chefe de gabinete do vereador Paulo Reis (PROS), Ivan Menezes Teixeira, foi encaminhado à Delegacia Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba.

WhatsApp Image 2019-02-15 at 17.18.54Foto: Marcelo Augusto / PLOX

De acordo com o procurador, a Casa está colaborando com Ministério Público e com a Polícia Civil. “Todos os documentos que eles solicitam, nós encaminhamos imediatamente porque entendemos que a investigação tem que acontecer, precisa chegar ao final para poder indiciar aqueles que realmente são culpados [vereadores]”, explica. Adalton sintetiza que o presidente da Câmara, Jadson Heleno, já determinou a exoneração do chefe de gabinete Ivan Teixeira. Em relação aos vereadores Luiz Márcio, que está preso e Rogerinho, considerado foragido da Justiça, a Câmara tomou as providências cabíveis e suspendeu os mandatos, ou seja, não há mais subsídio aos vereadores, mas permanece a sua assessoria para o prazo suficiente para encerrar os trabalhos que foram iniciados no gabinete.

postarO procurador jurídico, Adalton Lúcio, disse que a Câmara colabora com os trabalhos (Foto: Miguel Bráz)

“A Lei prevê que, dentro de 30 dias, se o vereador conseguir o habeas corpus e sair, ele pode retornar ao mandado, mas se ele continuar preso durante 30 dias a Lei autoriza a Câmara a convocar o suplente”, explicou o procurador jurídico.

plox(Foto: reprodução/ Plox)

Adalton Lúcio pontuou que a Câmara não participa da defesa deles [vereadores apontados nas investigações]. Os advogados da Casa cuidam apenas das prerrogativas da instituição. Cada vereador acusado tem que ter a sua própria defesa  paga pelos seus próprios bolsos e não pelos cofres públicos.

Por meio de nota, o vereador Paulo Reis esclareceu que "diante das notícias veiculadas na última semana, venho através dessa nota informar à população que tenho prestado todas as informações necessárias às autoridades competentes no sentido de elucidar os fatos narrados no decorrer do processo investigatório. Todos os esclarecimentos que forem necessários, serão prontamente atendidos por mim e pelos servidores desse gabinete. Coloco-me assim a disposição do juízo para apuração dos fatos ocorridos. O zelo e a presteza comuns as ações que norteiam nosso mandato sempre estarão à disposição de todos. Dessa forma reforço mais uma vez o compromisso de contribuir com a justiça".      

O vereador Wanderson Gandra,  que é um dos investigados, enviou uma nota através de sua Assessoria que diz  que "vem a público informar que tem conhecimento das investigações da GAECO. E destaca ainda que está acompanhando e colaborando com as investigações. O desejo do vereador é que tudo seja esclarecido, demonstrando assim que não foi cometido nenhum ato ilícito por parte do vereador e que isso será provado com a conclusão do inquérito".

 

 

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