Vereador de Ipatinga é considerado foragido da Justiça, diz coordenador do GAECO

O GAECO detalhou as investigações da "Operação Dolus"

Por Plox

18/02/2019 14h33 - Atualizado há cerca de 5 anos

No início da tarde desta segunda-feira (18), promotores de justiça, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o delegado da Polícia Civil e o Coronel da Polícia Militar, concederam entrevista coletiva onde foi detalhada a operação “Dolus”, que investiga vereadores da Câmara Municipal de Ipatinga e, no primeiro momento, já culminou na prisão preventiva do vereador Luiz Márcio (PTC). 

Foto: Marcelo Augusto / PLOXWhatsApp-Image-2019-02-18-at-14.39

A ação foi executada na última sexta-feira (15), onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos gabinetes de quatro parlamentares da Câmara. Computadores, celulares corporativos e documentos foram recolhidos pela polícia, além da prisão do vereador Luiz Márcio e do chefe de gabinete do vereador Paulo Reis (PROS), Ivan Menezes Teixeira.

 

Segundo informações do coordenador do GAECO, Bruno Schiavo, ainda existe um mandado de prisão preventiva a ser cumprido em desfavor ao vereador Rogerinho, que é considerado foragido da Justiça, já que desde sexta-feira (15), o coordenador afirma não ter informações do paradeiro do vereador. “É o único dos denunciados que ainda não foi preso. Estamos procurando, as diligências continuam e para nós está foragido. Ele já foi denunciado anteriormente por nós e também, agora, ele está mostrando que está foragido da Justiça. É mais um fundamento para manter a prisão preventiva dele”, afirmou o coordenador.

Foto: Marcelo Augusto / PLOXrgfg

Foto: Reprodução site CMI46a2418c6746a9f12aecb07234d99b91Vereador Rogerinho em reunião ordinária no plenário da Câmara.

Conforme Matheus Beghini, promotor do Gaeco, a investigação em cima desses vereadores é por conta dos crimes de concussão, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. “O esquema é muito simples e é até observado em outras Câmaras Legislativas do nosso país. O assessor era contratado e era exigido dele que devolvesse parte do dinheiro para o vereador contratante. Nesse esquema também, alguns assessores participaram, outros como a grande maioria nós estamos entendendo como vítimas desse esquema criminoso”, afirma o promotor.

Foto: Marcelo Augusto / PLOXScreenshot 2019-02-18-14-52-26

A reportagem não conseguiu contato com o gabinete do vereador Rogerinho.

(Atualizado 17h18)

Dia da Operação

A reportagem do PLOX acompanhou o desenrolar da operação policial da última sexta-feira (15), que cumpriu mandados de busca e apreensão nos gabinetes de quatro vereadores da Câmara Municipal de Ipatinga, sendo eles Wanderson Gandra, Paulo Reis, Rogerinho e Luis Márcio, posteriormente conduzido pelos policiais, segundo nota da Câmara Municipal de Ipatinga.

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Segundo o promotor da sétima promotoria de justiça, Fábio Finoti, disse que equipamentos como computadores, celulares e documentos em papéis foram recolhidos.

A Câmara Municipal de Ipatinga permaneceu trancada para que policiais civis, investigadores e agentes policiais pudessem executar o cumprimento dos mandados.
 

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