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Economia

Lula mantém defesa das estatais enquanto déficit cresce e China fortalece setor privado

Presidente critica tentativas de privatização, enquanto dados apontam prejuízo bilionário em empresas públicas

18/02/2025 às 13:18 por Redação Plox

Durante visita à Feira de Negócios da Indústria Naval e Offshore Brasileira, em Angra dos Reis (RJ), nessa segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou sua defesa das estatais, criticando iniciativas de privatização e atribuindo-as ao avanço da extrema direita no país. Ao mesmo tempo, dados do Banco Central indicam um déficit de R$ 6 bilhões nas empresas estatais até novembro, o maior desde 2009, com algumas fontes apontando um rombo de R$ 7,2 bilhões entre janeiro e agosto, o mais alto em 22 anos.

Jefferson Rudy Agência Senado

Lula defende estatais e critica privatizações

Em discurso, Lula argumentou que setores estratégicos do país, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, os Correios e o Banco do Brasil, precisam permanecer sob controle estatal. Ele afirmou que a imagem negativa da Petrobras foi construída durante a Operação Lava-Jato e ressaltou que há um movimento recorrente para privatizar empresas públicas sempre que um governo com visão diferente assume o poder.

“A depender de quem governa esse país, a Petrobras não é levada a sério e vai tentar ser privatizada quantas vezes o povo brasileiro votar errado. É importante lembrar isso. Já tentaram privatizar a Caixa Econômica, o Correio, o Banco do Brasil, e tem gente que acha que é legal”, declarou o presidente.

Ainda sobre a Petrobras, Lula disse que a Lava-Jato serviu como ferramenta para criminalizar aqueles que defendiam a estatal e prejudicar a indústria de engenharia nacional. Ele não mencionou, no entanto, que a própria Petrobras recuperou R$ 5,3 bilhões desviados durante o esquema de corrupção revelado pela operação.

China adota caminho oposto e aposta no setor privado

Enquanto Lula reforçava a presença do Estado na economia, o presidente da China, Xi Jinping, discursava em um simpósio fechado com grandes empresários chineses, garantindo apoio ao setor privado em meio às dificuldades econômicas do país.

A China enfrenta desafios como baixo consumo doméstico, crise imobiliária e tarifas internacionais sobre suas exportações. Para contornar esse cenário, Jinping busca fortalecer o setor privado, que representa mais de 60% do PIB chinês, 48,6% do comércio exterior e mais de 80% do emprego urbano. No encontro, estavam presentes figuras como Jack Ma (Alibaba), Ren Zhengfei (Huawei) e Lei Jun (Xiaomi), além de executivos da BYD e da fabricante de baterias Contemporary Amperex Technology Co.

Déficit das estatais brasileiras bate recorde

Enquanto o governo defende o papel das estatais, os números indicam dificuldades. O Banco Central aponta um déficit de R$ 6 bilhões nas empresas públicas até novembro, o maior desde o início da série histórica, em 2009. Outras fontes apontam que, entre janeiro e agosto, o rombo chegou a R$ 7,2 bilhões, o maior em 22 anos.

Entre as estatais com maior prejuízo, destacam-se:

  • Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais): déficit de R$ 2,49 bilhões, atribuído à construção das fragatas da classe Tamandaré.
  • Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): prejuízo de R$ 2,2 bilhões devido à queda na demanda por encomendas e custos operacionais elevados.
  • Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados): rombo de R$ 590,4 milhões, causado pela perda de faturamento.
  • Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária): prejuízo de R$ 541,8 milhões, impactado pela concessão de aeroportos de grande porte e manutenção de aeroportos menores.

Especialistas apontam que esses déficits são reflexo do uso político das estatais, acordos trabalhistas elevados, má gestão e falta de transparência nos investimentos.

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