PF investiga se esposa do general Villas Bôas participou de reunião golpista

. A investigação faz parte da operação Tempus Veritatis, iniciada em 8 de fevereiro, que tem como foco indivíduos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por Plox

18/03/2024 19h42 - Atualizado há 10 meses

A Polícia Federal está apurando a participação de Maria Aparecida Villas Bôas, esposa do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em atividades relacionadas à organização de uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. A investigação faz parte da operação Tempus Veritatis, iniciada em 8 de fevereiro, que tem como foco indivíduos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Reprodução/ Redes Sociais 

Interrogatórios recentes, incluindo o do tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, buscaram esclarecer a relação entre Maria Aparecida, conhecida como Cida, e os eventos investigados. Embora Cavaliere tenha negado conhecer Cida pessoalmente, ele reconheceu a importância de seu sobrenome. Tercio Arnaud, membro do chamado gabinete do ódio, também foi questionado sobre a participação de Cida em reuniões que discutiam uma intervenção militar, mas as respostas permanecem inconclusivas.

A PF identificou uma reunião em 12 de novembro de 2022, logo após o segundo turno das eleições presidenciais, como parte dos esforços para manter Bolsonaro no poder. Esse encontro teria acontecido em um local associado ao Exército em Brasília, contando com a presença de figuras notáveis, incluindo o general Braga Netto e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Oliveira.

Além disso, Maria Aparecida Villas Bôas manifestou seu apoio ao acampamento de apoiadores de Bolsonaro situado no Quartel General do Exército, em Brasília, por meio de uma declaração em vídeo. Este local foi palco de prisões em massa em 9 de janeiro de 2023, após atos de invasão e vandalismo nas sedes dos Três Poderes.

General Eduardo Villas Bôas, que liderou o Exército de 2015 a 2019 e posteriormente serviu como assessor no Gabinete de Segurança Institucional até 2022, enfrenta problemas de saúde e limitações físicas. A investigação da Polícia Federal segue em curso, buscando elucidar as conexões e o papel dos envolvidos nas alegações de uma tentativa de golpe.

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