Brasil se torna o segundo maior produtor de ar-condicionado do mundo

O Brasil registrou um crescimento histórico na produção de ar-condicionado em 2024, alcançando a marca de 5,9 milhões de unidades e saltando da quinta para a segunda posição global, ficando atrás apenas da China.

Foto: Agência Brasil

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante coletiva no Palácio do Planalto. Segundo ele, o aumento da produção foi impulsionado principalmente pela elevação das temperaturas em diversas regiões do país e pela melhora na renda da população.

'Os fatores climáticos foram determinantes para esse salto, mas o Brasil tem se comprometido com o combate às mudanças climáticas e a eficiência energética. Hoje, os aparelhos novos consomem 40% menos energia', destacou Alckmin.

Além dos condicionadores de ar, outros segmentos do setor eletroeletrônico também registraram crescimento significativo. No total, o setor produziu 117 milhões de produtos em 2024, ultrapassando os níveis pré-pandemia.

### Crescimento na Indústria de Eletroeletrônicos

- Ar-condicionado: Produção recorde de 5,9 milhões de unidades, crescimento de 38% em relação a 2023.

- Linha Marrom (Televisores): 13,5 milhões de unidades, o maior volume dos últimos 10 anos, crescimento de 22%.

- Linha Branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar): 15,6 milhões de unidades vendidas, aumento de 17%.

- Linha Portátil: Produção recorde de 80 milhões de unidades, crescimento de 33%.

Apesar do avanço, o setor enfrenta desafios. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, Jorge Nascimento, alertou sobre o impacto da decisão dos Estados Unidos de aumentar para 25% a taxa de importação de aço e alumínio, o que pode influenciar nos custos de produção.

'Estamos dialogando com o governo para garantir que qualquer mudança na cadeia de componentes não impacte diretamente o preço final dos produtos', afirmou.

### Investimentos e Perspectivas

Para os próximos anos, a indústria de eletroeletrônicos prevê um investimento total de R$ 5 bilhões entre 2025 e 2027, sendo que R$ 1 bilhão será direcionado para fortalecer a indústria em Minas Gerais. O setor aposta na modernização e eficiência energética para continuar crescendo e consolidar a posição do Brasil como um dos líderes globais na produção de eletrodomésticos.