Zema intensifica articulações políticas para 2026
Governador de Minas avalia possíveis candidaturas e alianças para as eleições do próximo ano
Por Plox
18/03/2025 07h10 - Atualizado há 4 meses
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e seu grupo político intensificam as articulações para definir sua posição nas eleições de 2026. Com seu segundo mandato à frente do Palácio Tiradentes chegando ao fim em dezembro daquele ano, já é certo que ele deixará o cargo antes do prazo estabelecido.

Para concorrer a qualquer posição eletiva no pleito de 2026, Zema precisa se afastar do governo pelo menos seis meses antes da disputa, conforme determina a legislação. Esse prazo reduz sua margem para negociações, tornando as movimentações políticas cada vez mais estratégicas. Entre os cargos em disputa, estarão a Presidência da República, governos estaduais, duas vagas para o Senado, além das cadeiras na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas.
O governador ainda não definiu oficialmente para qual cargo pretende se lançar. No entanto, seu nome já é cotado para diferentes cenários: ele pode buscar uma candidatura própria ao Planalto, ser vice em uma chapa presidencial ou até disputar uma vaga no Senado. Entre as possibilidades mais comentadas, está a formação de uma chapa ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desponta como um dos principais nomes da direita caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível.
Essa possível composição, no entanto, não é simples. Zema tem evitado participar de eventos organizados por Bolsonaro, como ocorreu recentemente em um ato no Rio de Janeiro em defesa da anistia dos envolvidos no 8 de Janeiro. Antes disso, ele também não compareceu a uma manifestação do ex-presidente em São Paulo no 7 de Setembro do ano passado. Enquanto isso, nomes como os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC) têm se mantido próximos de Bolsonaro e podem influenciar futuras alianças.
Apesar de não ser considerado um apoiador ferrenho do ex-presidente, Zema foi um dos primeiros governadores a declarar apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022. Esse histórico pesa nas discussões sobre seu futuro político, tanto dentro de seu grupo quanto no entorno do ex-presidente.
Além da trajetória pessoal do governador, outro fator em jogo é o fortalecimento do partido Novo no cenário nacional. Atualmente, Zema é o único governador da sigla e seu nome é essencial para manter a relevância da legenda. O vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), que assumirá o comando do Estado com a saída de Zema, é um dos principais articuladores dessas estratégias.
No cenário mineiro, Simões pretende disputar a reeleição em 2026, mas enfrentará uma concorrência acirrada. Entre os possíveis adversários, estão os senadores Rodrigo Pacheco (PSD) e Cleitinho (Republicanos), ambos nomes de peso na política do Estado. As movimentações para essa disputa também fazem parte das preocupações do grupo de Zema, que busca manter a influência do Novo em Minas Gerais e no cenário nacional.
As definições sobre a candidatura de Zema e suas alianças devem ganhar mais clareza nos próximos meses, à medida que o tabuleiro político se movimenta para as eleições de 2026.