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    Morre catador que foi baleado em ação do Exército

    Luciano Macedo tentava ajudar o músico Evaldo Rosa, baleado com 80 tiros pelos militares no último dia 7

    Por Plox

    18/04/2019 10h35 - Atualizado há quase 5 anos

    Morreu na madrugada desta quinta-feira, 18 de abril, o catador de papel que teria sido fuzilado pelo Exército no Rio de Janeiro. Luciano Macedo tentava ajudar o músico Evaldo Rosa, baleado com 80 tiros pelos militares no último dia 7, em Guadalupe.

    O catador estava internado no Hospital Estadual Carlos Chagas, em estado grave, e havia tido complicações no pulmão. A Secretaria estadual de Saúde confirmou a morte do catador, que deixa a mulher, Daiana Horrara, grávida de cinco meses.

    Na terça-feira, foi realizada uma traqueostomia, mas o paciente apresentava febre constante, com risco de infecção generalizada, de acordo com a equipe médica. Ele tinha apresentado uma pequena melhora do quadro e os médicos resolveram o operar em caráter de urgência. Apesar de a Justiça ter decretado o pedido de transferência do paciente para uma unidade de saúde melhor estruturada, a determinação não foi acatada.

    Luciano, que era catador de lixo, morreu no hospital
     Luciano foi ferido ao tentar ajudar a família do músico Evaldo dos Santos Rosa- Foto: Reprodução TV Globo

    80 tiros

    No domingo, dia 7 de abril, Evaldo, a esposa, o filho de sete anos, o sogro e uma amiga da família iam de carro para um chá de bebê em Guadalupe, quando foram surpreendidos por uma guarnição do Exército. Os militares teriam disparado mais de 80 tiros de fuzil no carro da família.

    Evaldo morreu no local. O sogro foi baleado, mas não corre riscos de morte. A esposa, o filho e a amiga, não se feriram. Luciano presenciou a ação, tentou ajudar a família e acabou atingido pelos tiros.

    Atualizada às 13h59

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