"Ninguém é de Ninguém": Filme aborda relacionamentos abusivos com base na doutrina espírita
"Ninguém é de Ninguém" promete emocionar o público e provocar reflexões importantes sobre os limites dos relacionamentos e a questão do abuso em suas diversas formas.
Por Plox
18/04/2023 08h47 - Atualizado há cerca de 2 anos
O filme brasileiro "Ninguém é de Ninguém", com estreia marcada para a próxima quinta-feira (20/4), discute relacionamentos abusivos sob a perspectiva do espiritismo. A trama é baseada no best-seller homônimo da médium e escritora Zíbia Gasparetto (1926-2018), que vendeu mais de 18 milhões de exemplares de suas obras.
Elenco e direção
O longa conta com um elenco de peso, incluindo Carol Castro, Danton Mello, Rocco Pitanga e Paloma Bernardi. A direção fica a cargo de Wagner de Assis, conhecido por outros filmes com temática espiritualista, como "Nosso Lar" e o documentário "Chico Para Sempre".
Em entrevista ao Metrópoles, o diretor relata que as cenas intensas e marcadas pela violência exigiram cuidado com os atores e a equipe de produção. "A equipe era majoritariamente formada por mulheres. Nas cenas de violência que envolviam homens e mulheres, isso repercutiu muito intensamente nelas", afirma Assis.
Para amenizar o impacto das gravações, o set contava com atividades como ioga, incensos, perfumes e doces distribuídos entre a equipe. "Tudo o que podíamos fazer para que o processo não fosse dolorido, a gente fez", completa o diretor.
A trama do filme
A história acompanha Gabriela (Carol Castro), uma mulher que vive um momento de sucesso profissional, enquanto seu marido, Roberto (Danton Mello), enfrenta problemas financeiros após ser roubado por um sócio. O ciúme de Roberto desencadeia um relacionamento tóxico e abusivo entre o casal.
Carol Castro destaca a importância do filme ao retratar a realidade de muitas mulheres: "Em vários momentos, tinha cenas muito fortes e difíceis, porque você se põe no lugar de outras mulheres, e é duro, é real".
Danton Mello, por sua vez, comenta sobre a dificuldade de interpretar um personagem tão sombrio: "Precisei ter uma concentração muito aguçada, para que na cena viesse o Roberto, e quando cortava, tentava sair, mas foi um personagem difícil. Levei ele muitas vezes para casa. Ele é um ser muito desprezível, um exemplo de ser humano que não deveria existir".
"Ninguém é de Ninguém" promete emocionar o público e provocar reflexões importantes sobre os limites dos relacionamentos e a questão do abuso em suas diversas formas.
