Quatro jogadores da Série A são investigados por suspeita de manipulação de resultados

A Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, levanta suspeitas de manipulação de resultados em cinco partidas da Série A de 2022 e em jogos dos campeonatos estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo.

Quatro atletas estão sob investigação: Victor Ramos, zagueiro da Chapecoense; Kevin Lomónaco, zagueiro do Bragantino; Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport; e Gabriel Tota, meia ex-Juventude, atualmente no Ypiranga-RS. O Ministério Público ainda não confirmou oficialmente os nomes envolvidos.

Victor Ramos, de 33 anos, revelado pelo Vitória, possui passagens por Palmeiras e Vasco. Em 2016, o zagueiro esteve envolvido em uma polêmica no STJD, quando o Internacional pediu a perda de pontos do Vitória por sua escalação irregular. A solicitação foi negada pelo STJD e pelo TAS. Ramos também ficou conhecido por seu relacionamento com a modelo Nicole Bahls, que terminou em 2012.

Igor Cariús, nascido em Ceará, teve seu celular, notebook e carteira de habilitação apreendidos na operação. Na última temporada, defendeu o Cuiabá em 32 partidas, e pelo Sport, atuou em 23 jogos, marcando um gol e seis assistências. Mesmo sendo alvo da investigação, o lateral compareceu ao treino e seguirá com a delegação do Sport para enfrentar o Ceará na final da Copa do Nordeste.

Gabriel Tota, de 21 anos, natural de Santa Fé do Sul (SP), já defendeu cinco clubes em sua carreira. Na última temporada, disputou 23 jogos pelo Juventude, antes de ser emprestado ao Ypiranga-RS. O meia foi anunciado como reforço do clube gaúcho na semana passada.

Kevin Lomónaco, nascido na Argentina, atua no futebol brasileiro desde a última temporada, com 20 jogos pelo Bragantino. Revelado pelo Lanús, é considerado uma das promessas do futebol argentino, tendo disputado o Sul-Americano e Mundial sub-17 em 2019 pela seleção de seu país.

CBF se manifestou sobre a operação
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apoia toda e qualquer ação legal que traga transparência e lisura aos campeonatos que organiza e a todo o esporte brasileiro”, declarou a confederação através de nota.
“Isso não acontece somente nas competições que a CBF realiza. A entidade também custeia o mesmo serviço para todas as federações do Brasil. Interferências externas em resultados ou em situações de jogo são uma epidemia global que, para ser solucionada, precisa punir de forma exemplar e urgente, os responsáveis por essa prática nefasta”, completou.