Influenciadora cristã denunciada por intolerância religiosa em Minas Gerais
Denúncia por intolerância religiosa
Por Plox
18/05/2024 07h13 - Atualizado há 5 meses
A influenciadora cristã de Governador Valadares, em Minas Gerais, enfrenta denúncia judicial por intolerância religiosa. Em 5 de maio, ela publicou um vídeo nas redes sociais relacionando a catástrofe climática no Rio Grande do Sul a religiões de matriz africana. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime é equiparado ao racismo, com penas de dois a cinco anos de prisão, além de multa.
Declarações polêmicas e repercussão Com mais de 30 mil seguidores no Instagram, a influenciadora de 43 anos se apresenta como "cristã e empreendedora". No vídeo, ela afirmou que o Rio Grande do Sul "é um dos estados com maior número de terreiros de macumba" e relacionou a tragédia à ira divina: "Alguns profetas já estavam anunciando sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul, devido à ira de Deus mesmo". Essas declarações, segundo a promotora de Justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira, configuram crime e incitam preconceito contra religiões de origem africana. O vídeo teve grande alcance, chegando a 3 milhões de visualizações.
Medidas cautelares e pedido de desculpas A promotora de Justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira também solicitou que a influenciadora seja impedida de sair do país sem autorização judicial e de fazer novas postagens sobre religiões de origem africana ou sobre a tragédia no Rio Grande do Sul com informações falsas.
Em resposta à repercussão, a influenciadora publicou um vídeo de retratação, pedindo desculpas e alegando que "se expressou mal". Ela declarou: "Eu não quis ofender as pessoas em relação à religião. Ela é uma opção individual, de cada um. Eu queria pedir perdão se magoei as pessoas". Na sexta-feira, seu perfil no Instagram estava privado, permitindo apenas seguidores autorizados a ver as publicações. A reportagem continua tentando contato com a influenciadora para obter seu posicionamento.