Polícia desmantela esquema de contas falsas do governo gaúcho
Terceiro suspeito preso em Santo André por fraude de doações via Pix
Por Plox
18/05/2024 15h19 - Atualizado há 5 meses
A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (17), em Santo André, no ABC Paulista, um homem de 45 anos suspeito de integrar um grupo que criou contas falsas em redes sociais, simulando perfis oficiais do governo do Rio Grande do Sul para receber doações via Pix. A operação já havia resultado na prisão de outras duas pessoas na última quarta-feira (15).
Investigação e prisões
De acordo com a polícia, o suspeito foi localizado e preso na noite de sexta-feira, após ter um mandado de prisão expedido. Ele se junta a um homem e uma mulher presos anteriormente, e cinco contas bancárias foram bloqueadas durante a operação conjunta das polícias civis do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Os investigadores descobriram que o grupo, composto por indivíduos com idades entre 17 e 45 anos, criou contas falsas nas redes sociais fingindo ser perfis oficiais do governo gaúcho. Através dessas contas, iniciaram uma campanha intensa para receber doações via Pix, utilizando chaves vinculadas a pessoas físicas.
Fraude durante a calamidade
A polícia revelou que a fraude começou logo nos primeiros dias da calamidade causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. "Os criminosos enganaram muitas pessoas que acreditaram estar contribuindo para a campanha de reestruturação do estado, quando na verdade estavam sendo vítimas de uma associação criminosa paulista", afirmou um porta-voz da polícia.
Todos os detidos possuem antecedentes criminais por crimes como roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes. Além dos três mandados de prisão preventiva, foram expedidos outros três de busca e apreensão como parte da operação.
Ação do Deic
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) destacou uma equipe de delegados e agentes para reprimir práticas criminosas virtuais que exploram a situação de calamidade no estado. Até o momento, mais de 50 casos foram analisados pelo Deic, com mais de 70% deles já concluídos.
Entre os casos investigados, 15 páginas criminosas foram retiradas do ar, todas criadas com o objetivo de enganar a população, fazendo-a acreditar que estava doando valores às vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.