Joe Biden é diagnosticado com câncer de próstata com metástase óssea
Aos 82 anos, ex-presidente dos EUA enfrenta forma agressiva da doença, segundo comunicado oficial de seu gabinete.
Por Plox
18/05/2025 21h43 - Atualizado há 1 dia

O diagnóstico veio após Biden realizar uma consulta médica na última semana, motivada por sintomas urinários e a detecção de um pequeno nódulo. Os exames confirmaram, na última sexta-feira, a presença de células cancerígenas que se espalharam para os ossos. De acordo com os especialistas que o acompanham, o escore de Gleason, que classifica a agressividade dos cânceres de próstata, foi 9 — indicando um dos graus mais altos de malignidade.
A próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e responsável por parte da produção do sêmen, envolve a uretra, tubo que conduz a urina para fora do corpo. O câncer nesta região costuma ter um desenvolvimento lento, e muitas vezes os sinais demoram a surgir. Em alguns casos, os sintomas nem chegam a se manifestar.
Ao longo de seu mandato, Biden enfrentou especulações quanto à sua saúde e à sua idade avançada, tornando-se o presidente mais velho da história dos EUA. Os questionamentos se intensificaram após um debate com Donald Trump, no final de junho de 2024, no qual Biden demonstrou fragilidade e dificuldades de articulação. Dias após o debate, ele afirmou que estava com um forte resfriado e se sentia exausto.
Em setembro de 2024, o médico da Casa Branca, Kevin O'Connor, informou que o presidente havia sido submetido a uma avaliação neurológica como parte do check-up anual.
"Nada foi encontrado", declarou o médico, ressaltando que não havia sinais de fraqueza motora ou tremores, mas foram identificados sintomas de neuropatia periférica nos pés, condição que pode provocar formigamento e dormência.
O histórico médico de Biden inclui ainda a retirada de um pólipo benigno do cólon em 2021, que apresentava potencial pré-canceroso. Em 2023, ele também passou por procedimento para remoção de uma lesão causada por carcinoma, tipo comum de câncer de pele.
Em 2022, Biden lançou uma iniciativa para combater o câncer nos Estados Unidos, com a meta de reduzir pela metade a mortalidade da doença nos próximos 25 anos. A proposta dava continuidade ao trabalho que ele iniciou quando era vice-presidente, impulsionado pela morte de seu filho mais velho, Beau Biden, vítima de câncer.
No dia 21 de julho de 2024, Biden anunciou oficialmente que não concorreria à reeleição, declarando apoio à então vice-presidente Kamala Harris. Contudo, Harris foi derrotada nas urnas pelo republicano Donald Trump, que reassumiu a presidência dos EUA.
A decisão de Biden de deixar a corrida eleitoral veio após crescentes pressões do Partido Democrata e de eleitores preocupados com sua condição física e mental. O mau desempenho no debate contra Trump, em junho, acentuou essas desconfianças.
Após a desistência de Biden, Donald Trump comentou em sua rede social, a Truth Social:
"Todos ao seu redor, incluindo seu médico e a mídia, sabiam que ele não era capaz de ser presidente, e ele não foi".
O atual diagnóstico representa um novo desafio para o ex-presidente, que agora se prepara para enfrentar o tratamento contra o câncer em estágio avançado.