Com declaração 'Sou gay, sou casado, sou governador', Eduardo Leite marca Dia contra a LGBTfobia com foto ao lado do marido
Governador do Rio Grande do Sul destaca união, identidade e cargo em manifestação nas redes sociais: 'Sou gay, sou casado, sou governador'
Por Plox
18/05/2025 12h31 - Atualizado há 1 dia
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), compartilhou neste sábado (17) uma imagem ao lado de seu marido, Thalis Bolzan, como forma de marcar o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. A publicação foi feita em suas redes sociais.

Na mensagem, Leite afirmou: “Sou gay, sou casado, sou governador. A minha luta não é pra impor nada a ninguém, mas pra que ninguém precise esconder quem é pra ser respeitado”. O governador também ressaltou que o compromisso com o respeito à diversidade deve ser mantido durante todo o ano, e não apenas em uma data simbólica. “Que o amor e o respeito guiem sempre nossas escolhas”, completou.
Eduardo Leite revelou publicamente sua orientação sexual em 2021, em entrevista à televisão. Na ocasião, também assumiu o relacionamento com Thalis Bolzan, com quem firmou união estável posteriormente. Neste mês de maio, o político gaúcho anunciou sua saída do PSDB, partido onde esteve por 24 anos, e ingressou no PSD. Ele tem planos de se candidatar à Presidência da República em 2026, apresentando-se como uma alternativa entre os polos representados por Lula (PT) e o bolsonarismo.
O Dia Internacional contra a LGBTfobia é celebrado em 17 de maio por ter sido nesta data, em 1990, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de transtornos mentais. Em alusão à data, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) também se manifestou nas redes sociais, afirmando: “Amor não é doença. É a cura”. A parlamentar destacou ainda que, apenas em 2024, a LGBTfobia foi responsável por 291 mortes no Brasil, colocando o país no topo do ranking global desses crimes.
A deputada Erika Hilton (Psol-SP) chamou a data de “essencial” e ressaltou que “a LGBTfobia precisa ser combatida, sem meias-palavras ou meias-medidas”. Para ela, a violência contra pessoas LGBTQIA+ é uma realidade que desumaniza e coloca vidas em risco diariamente. Hilton também recordou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2019, que passou a considerar a homofobia um crime equiparado ao racismo.
As manifestações refletem o esforço de diferentes autoridades em promover a visibilidade e o respeito à diversidade, em um cenário que ainda impõe desafios e riscos à população LGBTQIA+ no Brasil.