Após se recusar a dar desconto em balões, vendedora idosa é arrastada por carro de luxo

Uma vendedora de balões de 63 anos foi atropelada no último sábado, 15 de junho, por um empresário em Taguatinga (DF), após se recusar a conceder desconto no valor dos balões. A vítima, Marina Izidoro de Morais, foi arrastada e a cabeça dela ficou presa entre as rodas do carro. Até esta terça-feira, 18, o suspeito ainda não compareceu à 12ª Delegacia de Polícia. A defesa dele tinha dito que isto aconteceria ontem.

Marina se diz traumatizada com o fato do último final de semana- Foto: Reprodução

De acordo com testemunhas, o condutor de um carro automático de luxo pediu três balões à vendedora. Enquanto estava pegando os produtos, uma passageira do veículo pediu desconto, mas diante da negativa, puxou os produtos e fechou o vidro. O homem acelerou o carro e como os balões estavam amarrados no braço da vendedora, ela teria sido arrastada por aproximadamente 100 metros, só vindo a parar porque o barbante que os prendia arrebentou. Ela foi atendida em um hospital da cidade.

O delegado Paulo Almeida trabalha com a hipótese de lesão corporal, furto e tentativa de homicídio. A tipificação exata do crime ainda não foi definida pelo "fato de o autor ter fugido do local sem prestar socorro, o pequeno valor dos objetos, a própria idade da vítima e, também, por ela ter sido arrastada”, explicou.

Traumatizada
Marina que é diarista e passadeira de roupas, também trabalha vendendo balões para melhorar a renda. Após o episódio do sábado, ela se diz traumatizada e nem conseguiu trabalhar esta semana. “Fica o trauma e não sei se ainda quero continuar vendendo balões. Desmarquei todos os meus compromissos. Naquele momento, vi a morte”, desabafou a idosa, dizendo que aguarda que o responsável seja encontrado rapidamente pela polícia. “Não consigo perdoar o que fizeram comigo. O que esse casal fez comigo foi uma tentativa de homicídio. Uma cena de terror”.

A vítima foi ouvida, além de várias testemunhas que estão sendo chamadas para dar a versão do fato. Um financiamento coletivo (vakinha) foi feito por pessoas que se sensibilizaram com a história da mulher e o valor já alcançou R$ 25 mil nesta manhã.

Veja o vídeo:

Atualizada às 12h39