PMI suspende pagamentos de empreiteira após detectar falhas em obra

Segundo a Prefeitura, a intervenção em área de risco foi iniciada em 2014 e paralisada por duas vezes

Por Plox

18/06/2020 18h07 - Atualizado há cerca de 4 anos

A Secretaria de Obras Públicas de Ipatinga (Semop) anunciou nesta quinta-feira (18) que estão suspensos desde janeiro deste ano, os pagamentos à empresa responsável pela execução do muro de arrimo da rua Amós, no bairro Canaã, em função de problemas estruturais identificados. 

Conforme a repartição, uma profunda análise técnica está sendo realizada para que as incorreções sejam reparadas no prazo mais rápido possível, antes da chegada do período de chuvas. Nas condições climáticas atuais, a instabilidade do terreno não oferece riscos à segurança dos moradores, assegura a repartição, mas o trecho permanece interditado ao trânsito de veículos.

Segundo a Prefeitura, fiscais e técnicos da Administração determinaram a paralisação imediata na obra ao perceberem fissuras no aterro da contenção de quase 13 metros de altura, após um período de intensas precipitações pluviométricas sobre a cidade e, por último, um prolongado temporal que colocou à prova uma série de obras civis importantes desenvolvidas em diversas regiões do município.

De acordo com o Executivo, existem dezenas de muros de arrimo em execução simultânea e, o dano verificado na rua Amós foi agravado pelo rompimento de uma adutora de água da Copasa.

 

rua-aimosFoto: divulgação
 

Originalmente, a obra foi iniciada em 2014, a partir de projeto elaborado também naquela ocasião, mas acabou interrompida duas vezes, depois de ser entregue à responsabilidade de uma segunda empresa. A construção do muro foi retomada pela atual Administração dentro do programa ‘Nova Ipatinga’, com a proposta de dar continuidade à execução do projeto e finalmente resolver o problema.
 
“Não podemos mais admitir esta situação de insegurança. O governo tem investido com muito critério os recursos que foram captados, e a fiscalização tem sido rigorosa para cumprimento das exigências em cada frente de trabalho. Contudo, diante dos fatores negativos, desaconselhando a liberação da passagem no local, o governo suspendeu o pagamento da obra da rua Amós ”, detalhou a secretária municipal de Obras, Elisa Figueiredo. 

A titular da Semop ainda acrescentou: “Estamos analisando através de sondagens no solo todas as possíveis causas, inclusive erros na execução de seu aterro em uma ou mais etapas da obra”. 
Os técnicos da prefeitura vêm realizando estudos para apresentar um projeto de readequação da execução da obra. Num primeiro momento, o estudo aponta para a necessidade de retirada de parte do aterro para aliviar o peso sobre a estrutura do gabião. 

“A população pode ter certeza de que estamos cuidando para que a obra seja entregue dentro dos padrões exigidos. Nosso compromisso é de liberar a pista para o tráfego em condições de plena estabilidade e segurança”, finalizou Elisa. 
 

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